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Juros de Portugal sobem com taxa a 10 anos acima de 3,6%
Numa sessão em que Portugal emite bilhetes do Tesouro, os juros da dívida negoceiam em forte alta. A taxa a 10 anos já supera os 3,6%, quando os juros de Espanha registam apenas ligeiras subidas e os de Itália estão mesmo em queda.
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Os juros da dívida soberana portuguesa estão a subir esta quarta-feira, 17 de Fevereiro. A taxa das obrigações a 10 anos já negoceia acima de 3,6%, numa tendência seguida por Espanha, mas com menos intensidade. Já os juros de Itália e da Alemanha estão em queda, numa sessão em que a maior economia europeia prepara-se para emitir dívida a 10 anos.
A taxa de juro de Portugal a 10 anos está a subir 9,9 pontos base para 3,640%. Uma forte subida também registada noutras maturidades, com a "yield" a cinco anos a disparar 14,1 pontos para 2,616% e os juros a dois anos a avançarem 11,3 pontos para 1,311%.
Apesar da subida desta quarta-feira, a segunda consecutiva, a taxa a 10 anos continuam bem abaixo do máximo de 2014 fixado na quinta-feira, acima dos 4,5%.
Também negativa é a tendência na dívida de Espanha, cuja taxa de juro a 10 anos está a subir 2,0 pontos para 1,770%. Numa sessão em que as "yields" de Itália já estiveram a subir, os juros a 10 anos estão agora a recuar 0,6 pontos para 1,619%.
Em sentido contrário está a negociar a dívida alemã. A taxa de juro das obrigações a 10 anos recua, actualmente, 1,8 pontos para 0,248%. Isto numa sessão em que o Tesouro da Alemanha irá emitir cinco mil milhões de euros de obrigações a 10 anos, uma operação que deverá decorrer sem qualquer problema, dado o estatuto de activo de "refúgio".
Portugal também vai ao mercado esta quarta-feira, mas para vender dívida de curto prazo. O Tesouro português prepara-se para colocar entre 750 milhões e 1.000 milhões de euros em dívida a três e 11 meses. Uma dupla operação já prevista no programa de financiamento para o trimestre, mas cujo montante foi revisto em baixa em 250 milhões de euros.
Ewald Nowotny, governador do Banco Nacional da Áustria, avisou em entrevista a um jornal suíço que é importante manter realismo para a reunião do BCE em Março, alertando que as expectativas desajustadas que os investidores tinham antes da reunião de Dezembro não devem ser repetidas.