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Juros da dívida no nível mais elevado desde Fevereiro

As taxas das obrigações portuguesas continuam a subir mais do que as de Itália e Espanha, numa altura em que o Tesouro se prepara para fazer uma emissão sindicada.

Bloomberg
06 de Abril de 2016 às 10:12
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Os juros da dívida portuguesa transaccionam em alta pela terceira sessão consecutiva. A taxa a dez anos sobe, esta quarta-feira, 5,7 pontos base para 3,206%, o valor mais elevado desde Fevereiro. As subidas ocorrem numa altura em que o Estado se prepara para avançar para uma emissão sindicada para colocar títulos a seis e 30 anos.

Essa operação até pode ser um dos motivos a colocar pressão sobre as obrigações nacionais, a que se junta o facto de alguns dos maiores investidores mundiais, como a BlackRock e a Pimco, terem avançado com processos contra o Banco de Portugal por causa do Novo Banco.

"A combinação de notícias negativas sobre o Novo Banco e o anúncio da reabertura das linhas de obrigações através de uma emissão sindicada são os motivos para o maior prémio de risco", referiu David Schnautz, estratego de dívida do Commerzbank.

Os analistas do RBC Capital Markets também concedem que a subida das taxas das obrigações de países vistos como tendo maior risco pode estar relacionada com os sucessivos anúncios de emissões de dívida. Além de Portugal, também Espanha e Itália estão ou estiveram activas no mercado.

Mas alertam, numa nota a investidores, que "genericamente, há um cocktail tóxico para activos de risco". Referem que a "renovada incerteza sobre a Grécia após a fuga de informação do FMI no fim-de-semana está a adicionar pressão". Notam ainda o risco de uma maior pressão no "rating" de Portugal no final deste mês, altura em que a DBRS se pronuncia sobre a notação atribuída ao país.

Apesar de também estarem a subir, as taxas das obrigações italianas e espanholas têm agravamentos bem mais ligeiros que os de Portugal. A "yield" espanhola a dez anos sobe 0,7 pontos base para 1,499%. Também a taxa italiana aumenta 0,7 pontos base para 1,278%. 

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