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Estado paga mais de 4% para se financiar a 30 anos
A agência que gere o crédito público conta colocar dívida a seis e a 30 anos, através de uma emissão sindicada, esta quarta-feira.
Portugal deverá pagar cerca de 2,50% e de 4,17% para se financiar a seis e 30 anos na emissão sindicada que arrancou esta manhã. A confirmarem-se estes valores, estão em linha com as taxas a que esses títulos transaccionam no mercado secundário. Não existe ainda indicação de qual o montante que o IGCP, liderado por Cristina Casalinho, conta colocar.
Segundo dados da Bloomberg, o preço indicativo da colocação das obrigações do Tesouro com maturidade em 2022 é de um prémio de 244 pontos base sobre a taxa "mid swap", que serve como referência para a emissão de obrigações. Esse prémio de risco pressupõe uma taxa de 2,50% para emitir a seis anos. No entanto, ao longo do processo esse valor poderá ser ajustado em função da procura dos investidores.
Já nas obrigações com maturidade em 2045, a taxa de juro deverá rondar os 4,17%, com o prémio sobre a taxa "mid swap" a situar-se em 320 pontos base. No mercado secundário, as obrigações com maturidade em 2022 negoceiam com uma taxa de 2,501% e aquelas que vencem em 2045 transaccionam com uma "yield" de 2,501%.
Na véspera da emissão, as taxas das obrigações portuguesas tinham sofrido subidas significativas. A integrar o sindicato bancário da operação estão o Barclays, o Citi, o Credit Agricole, o JP Morgan, o Nomura e o Novo Banco.