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Portugal coloca 1,5 mil milhões a juros mais elevados
O instituto liderado por Cristina Casalinho colocou um baixo montante de dívida. Já as taxas de juro foram mais elevadas do que as registadas nas operações anteriores, mas também do que as praticadas no mercado secundário.
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) emitiu 1.500 milhões de euros esta quarta-feira, 6 de Abril, segundo os dados revelados pela Bloomberg. Um montante reduzido, com as taxas de juro registadas a serem mais elevadas que as do mercado secundário.
Naquela que é a segunda emissão sindicada de 2016, o Tesouro optou por colocar um montante reduzido de dívida. Foram mil milhões de euros em obrigações a seis anos, tendo aceitado pagar 242 pontos base acima da taxa praticada no mercado para este prazo. Face ao valor actual, estes títulos registaram, então, uma taxa de 2,52%.
Superior foi a taxa de juro obtida na emissão a 30 anos. O instituto liderado por Cristina Casalinho angariou 500 milhões de euros nestes títulos, sendo que o prémio de risco foi, neste caso, de 324 pontos base. Este traduz uma taxa de juro final de cerca de 4,24%.
Ambos os resultados ficam acima do registado, actualmente, no mercado secundário. É que a taxa de juro das obrigações com maturidade em 2022 estão a recuar 0,3 pontos base para 2,442%, ao passo que a "yield" dos títulos que vencem em 2045 sobe 1,9 pontos para 4,059%. Isto numa sessão em que a taxa a dez anos sobe 3,6 pontos para 3,185%.
Com mais esta emissão, o Tesouro aumenta para 9.647 milhões de euros o montante angariado este ano através de dívida de médio e longo prazo. Numa altura em que ainda faltam quase nove meses até ao final de 2016, o Tesouro já conseguiu angariar, assim, cerca de 50% do montante previsto no programa de financiamento do ano.
(Notícia actualizada às 15:16, com mais informação)