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Portugueses garantem um quarto da emissão de dívida do Tesouro

O instituto liderado por Cristina Casalinho registou uma procura por quatro mil milhões de euros em dívida nacional. Optou por colocar apenas 1,5 mil milhões, sendo que os investidores portugueses foram os mais representativos.

Bruno Simão/Negócios
06 de Abril de 2016 às 19:43
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O Tesouro foi ao mercado esta quarta-feira, 6 de Abril, para angariar 1.500 milhões de euros. Em causa esteve uma dupla emissão de obrigações do Tesouro (OT), na qual a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) colocou títulos que vencem em sete e 30 anos. E os investidores portugueses foram os principais participantes da operação, algo que já não acontecia, pelo menos, desde 2014.

Quando o sindicato bancário responsável pela emissão sindicada deu início à operação, as indicações de interesse já superavam os 2,25 mil milhões de euros, segundo o comunicado emitido pelo IGCP. A operação arrancou às 10:50 e foi concluída às 12:30, altura em que as ofertas rondavam os quatro mil milhões.

"A dupla colocação foi ultrapassada em mais de 2,5 vezes e o livro de ofertas reflecte a elevada qualidade e diversidade da procura por obrigações soberanas portuguesas", aponta o instituto liderado por Cristina Casalinho. Das ofertas dos mais de 190 investidores que participaram na operação, o IGCP colocou 1.000 milhões em dívida a sete anos com uma taxa de juro final de 2,576%, bem como 500 milhões em títulos a 30 anos com uma taxa de 4,235%.

Mas o destaque vai para os investidores nacionais, uma vez que ficaram com 26,7% dos 1.500 milhões de euros colocados pelo IGCP. Foram, assim, a geografia mais representativa, algo que já não acontecia, pelo menos, desde 2014. Logo depois esteve o Reino Unido que garantiu 21,77% da operação. Forte foi também a participação dos investidores de Alemanha, Áustria e Suíça (com 18,07%), bem como de Espanha, Itália e França (com 15,07%).

Inédita desde 2015 é também a liderança dos bancos na colocação de dívida nacional. Estes ficaram com 41,93% dos títulos, o que corresponde a 629 milhões de euros. Já as gestoras de activos, por norma a classe de investidores mais representativa, ficaram apenas com 31,2% desta dupla emissão, logo seguidas das seguradoras e fundos de pensões com 12%.

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