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Juros da dívida aliviam com maior queda em três semanas
As taxas de juro da dívida portuguesa estão a corrigir das fortes subidas das últimas sessões. Uma tendência acompanhada por Espanha e Itália, mas não pela dívida alemã. O prémio de risco de Portugal está, por isso, a beneficiar.
Após quatro sessões consecutivas em alta, nas quais os juros da dívida soberana portuguesa registaram máximos de dois meses, a tendência é agora de queda. Esta sexta-feira, 8 de Abril, a taxa das obrigações a dez anos está a recuar 4,7 pontos base para 3,372%. A maior queda em três semanas, naquela que é uma tendência registada em todas as maturidades. As "yields" a dois e cinco anos caem, respectivamente, 3,5 pontos para 0,710% e 3,4 pontos para 2,056%.
Este desempenho está a ser acompanhado pelos restantes países da periferia da Zona Euro. Depois das fortes subidas que registaram também nas últimas sessões, as taxas de juro da dívida de Espanha e Itália estão a negociar em baixa. As "yields" das obrigações a dez anos recuam, respectivamente, 2,9 pontos para 1,575% e 1,2 pontos para 1,357%.
Ao contrário dos países da periferia, os juros da dívida da Alemanha registaram bons desempenhos nas últimas sessões, alcançando sucessivas quedas. Mas depois de a maior economia da Europa beneficiar enquanto activo de "refúgio", as "yields" estão agora a negociar em alta. A taxa a dez anos está a subir 1,2 pontos para 0,102%.
A beneficiar está, por isso, o prémio de risco da dívida portuguesa. A recuar esta sexta-feira para 327 pontos, o "spread" corrige, assim, do máximo de quase dois meses em que encerrou na última sessão. Estes fracos desempenhos nos países da periferia acontecem numa altura conturbada, em que Portugal está sob o olhar atendo dos investidores devido ao processo em torno do Novo Banco, ao passo que a turbulência política em Espanha continua a marcar a agenda.