Notícia
Juros da dívida grega em mínimos de quatro meses antes do Eurogrupo
Os juros da dívida grega a dez anos estão em mínimos de Janeiro e a bolsa de Atenas está em alta pela quarta sessão, antes de os ministros das Finanças do euro se reunirem em Bruxelas para debater as condições do terceiro resgate e a sustentabilidade da dívida.
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Os juros da dívida pública da Grécia estão a aliviar no mercado secundário, antes de os ministros das Finanças do euro se reunirem em Bruxelas para debater as novas condições de implementação do terceiro resgate ao país.
A ‘yield’ associada à dívida a dois anos cai 52,2 pontos base para 9,498% enquanto os juros das obrigações a dez anos descem 22,3 pontos para 8,3%, o valor mais baixo desde 5 de Janeiro.
Já a bolsa de Atenas sobe 1,43%, estando a negociar em alta pela quarta sessão consecutiva. A impulsionar está sobretudo o sector financeiro, com o índice que reúne os maiores bancos do país – o FTSE/Athex Banks Index – a ganhar 3,15%.
As maiores subidas são protagonizadas pelo Eurobank Ergasias, que valoriza 4,59%, e pelo National Bank of Greece, com um avanço de 3,86%. O Alpha Bank soma 2,83% e o Piraeus Bank 2,55%.
Na noite de domingo, o Parlamento grego aprovou o pacote de reformas ao sistema de pensões e ao IRS proposto pelo governo de Alexis Tsipras, antes de os 19 ministros das Finanças da Zona Euro se reunirem em Bruxelas para um Eurogrupo extraordinário
Jeroen Dijsselbloem definiu como meta para a reunião a obtenção de um "acordo político" sobre o pacote de "reformas necessárias para completar a primeira avaliação" do programa grego com sucesso, incluindo as "medidas contingentes necessárias garantir o excedente primário" previsto para 2018 no programa, lê-se na agenda provisória do encontro, publicada na sexta-feira à tarde.
A garantia chegou dois dias depois de Christine Lagarde, directora-geral do FMI, ter enviado uma carta aos ministros das Finanças do euro pedindo que se começassem, de imediato, as negociações para aliviar a dívida da Grécia. "Acreditamos que medidas específicas [reformas económicas], reestruturação da dívida e financiamento devem agora ser discutidas em simultâneo. (…) Para que o FMI apoie a Grécia com um novo acordo é essencial que o financiamento e o alívio da dívida por parte dos parceiros europeus esteja assente em objectivos orçamentais realistas porque estão apoiados em medidas credíveis para os atingirem", refere o documento.
Lagarde defende ainda que a meta acordada no ano passado entre a UE e Atenas – um excedente primário de 3,5% em 2018 – é irrealista e deve ser drasticamente reduzida.
"Acreditamos que medidas específicas [reformas económicas], reestruturação da dívida e financiamento devem agora ser discutidas em simultâneo. (…) Para que o FMI apoie a Grécia com um novo acordo é essencial que o financiamento e o alívio da dívida por parte dos parceiros europeus esteja assente em objectivos orçamentais realistas porque estão apoiados em medidas credíveis para os atingirem", refere o documento.