Notícia
Juros a dez anos de França e Suécia pela primeira vez nos 0%
As palavras de Mario Draghi tiveram impacto nos juros das obrigações soberanas tanto dentro como fora da Zona Euro.
Pela primeira vez na história, os juros a dez anos da dívida pública francesa e sueca atingiram os 0% esta terça-feira, 18 de junho, no mercado secundário. Em termos simples, isto quer dizer que os investidores não "cobram" a estes países para emprestar dinheiro durante uma década.
Em causa estão os comentários de Mario Draghi na abertura do primeiro dia de trabalhos do 6.º Fórum BCE. O presidente do BCE abriu a porta a "estímulos adicionais", nomeadamente à descida de juros, se as perspetivas económicas não melhorarem e se a inflação não recuperar.
Estas palavras foram interpretadas pelos investidores como sinais 'dovish' (política acomodatícia) de Draghi, colocando-se já a expectativa nos mercados de corte dos juros para setembro deste ano e ainda uma nova ronda de compra de dívida pública em breve.
Com o "preço" do dinheiro ainda mais barato e novas aquisições do BCE no mercado secundário em vista, o efeito nos juros soberanos tende a ser também de queda. Tal acontece ainda porque os investidores olham para as obrigações soberanas como "ativos de refúgio" numa altura em que a economia trava.
As quedas nos juros das obrigações soberanas são transversais aos países da Zona Euro, incluindo Portugal, mas o marco histórico foi alcançado pela França. Pela primeira vez, os juros a dez anos da dívida francesa atingiram os 0% e chegaram durante algum tempo a negociar em território negativo no mercado secundário. A queda é superior a 10 pontos base.
A negociar em níveis negativos estão já, por exemplo, há vários meses os juros alemães no mesmo prazo - que renovaram esta manhã mínimos históricos - e, mais recentemente, os juros austríacos que hoje caíram 10 pontos base para os -0,046%, um mínimo recorde também.
Fora da Zona Euro, o efeito das palavras de Mario Draghi também se fez sentir. Neste caso, foi a Suécia que viu os juros da dívida pública baixar pela primeira vez para os 0%. Também no caso da dívida sueca os juros chegaram a negociar no vermelho nos -0.013%.
Esta evolução poderá ter impacto nas decisões do banco central sueco que subiu os juros em dezembro do ano passado e sinalizou que queria levar os juros para território positivo até ao final de 2019.
Em causa estão os comentários de Mario Draghi na abertura do primeiro dia de trabalhos do 6.º Fórum BCE. O presidente do BCE abriu a porta a "estímulos adicionais", nomeadamente à descida de juros, se as perspetivas económicas não melhorarem e se a inflação não recuperar.
Com o "preço" do dinheiro ainda mais barato e novas aquisições do BCE no mercado secundário em vista, o efeito nos juros soberanos tende a ser também de queda. Tal acontece ainda porque os investidores olham para as obrigações soberanas como "ativos de refúgio" numa altura em que a economia trava.
As quedas nos juros das obrigações soberanas são transversais aos países da Zona Euro, incluindo Portugal, mas o marco histórico foi alcançado pela França. Pela primeira vez, os juros a dez anos da dívida francesa atingiram os 0% e chegaram durante algum tempo a negociar em território negativo no mercado secundário. A queda é superior a 10 pontos base.
A negociar em níveis negativos estão já, por exemplo, há vários meses os juros alemães no mesmo prazo - que renovaram esta manhã mínimos históricos - e, mais recentemente, os juros austríacos que hoje caíram 10 pontos base para os -0,046%, um mínimo recorde também.
Fora da Zona Euro, o efeito das palavras de Mario Draghi também se fez sentir. Neste caso, foi a Suécia que viu os juros da dívida pública baixar pela primeira vez para os 0%. Também no caso da dívida sueca os juros chegaram a negociar no vermelho nos -0.013%.
Esta evolução poderá ter impacto nas decisões do banco central sueco que subiu os juros em dezembro do ano passado e sinalizou que queria levar os juros para território positivo até ao final de 2019.