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BCE também ajuda aos ganhos em Wall Street na véspera da decisão da Fed
Os mercados acionistas dos Estados Unidos arrancaram a sessão com ganhos acima de 0,5%, depois de as palavras de Draghi terem reforçado o otimismo dos investidores em relação à postura mais acomodatícia dos bancos centrais.
As bolsas dos Estados Unidos abriram em alta esta terça-feira, 18 de junho, animados pelo discurso desta manhã do presidente do BCE, Mario Draghi, que reforçou a expectativa de que também a Reserva Federal assumirá uma postura mais acomodatícia.
Draghi admitiu hoje, em Sintra, que o BCE poderá avançar com mais medidas de estímulo à economia, e que uma descida dos juros faz parte das ferramentas à disposição da autoridade monetária. Palavras que surgem na véspera do final da reunião da Fed, em que se espera que Jerome Powell mostre uma abertura semelhante para reverter a normalização da política monetária e cortar os juros nos Estados Unidos.
Nesta altura, o índice industrial Dow Jones ganha 0,59% para 26.267,74 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq soma 0,98% para 7.922,27 pontos. Já o S&P500 valoriza 0,66% para 2.908,79 pontos.
Ainda que não se esperem alterações aos juros já amanhã, esta reunião de junho é vista como o ponto de partida para a uma descida da taxa diretora nos Estados Unidos, já no próximo mês ou na reunião de setembro.
O comunicado da Fed será revelado às 14:00 locais (19:00 de Lisboa), e seguir-se-á a habitual conferência com o presidente do banco central, Jerome Powell.
"Um corte dos juros esta semana não está em cima da mesa. Mas todos os olhos e ouvidos estarão sintonizados no que o presidente da Fed dirá sobre as perspetivas e o que virá a seguir", afirmou Steven Skancke, assessor económico da Keel Point, em Washington, citado pela Reuters. "A grande crença é de um corte nos juros em setembro, mas todos procuram uma sugestão de que isso possa acontecer já em julho".
Em destaque na sessão estão os títulos do Facebook, que sobem 1,71% para 192,23 dólares, depois de a empresa ter anunciado o lançamento de uma criptomoeda própria, a Libra, que pode servir para transações entre particulares e estabelecimentos e que vai estar integrada nas plataformas digitais WhatsApp e Messenger.
Também a Boeing valoriza 1,38% para 359,79 dólares, com as ações a reagirem à primeira encomenda da fabricante para os seus 787 Dreamliner, depois de um arranque fraco no Paris Airshow.