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Abertura de mercados: Duas semanas depois, Brexit continua a dar gás ao iene

"Os efeitos em cascata da decisão do Reino Unido de deixar a UE continuam", diz Mitsushige Akino, responsável de gestão de activos, à Bloomberg. Ouro sobe, libra recupera, bolsas sobem.

Reuters
07 de Julho de 2016 às 08:41
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 1,72% para 4.409,61 pontos
Stoxx 600 avança 1,18% para 322,51 pontos
Nikkei perde 0,67% para 15.276,24 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos avançam 2,1 pontos base para 3,071%
Euro desce 0,20% para 1,1077 dólares
brent avança 0,53% para 49,06 dólares por barril 

 

Bolsas europeias em alta 

As bolsas europeias seguem a tendência asiática e estão a subir. Aliás, os avanços são superiores a 1% na maioria das praças da Europa Ocidental. Paris, Madrid, Milão ganham todas mais de 1% apesar ainda dos receios em torno do Brexit, decidido há duas semanas no referendo que avaliou a saída do Reino Unido da União Europeia.

 

Lisboa não escapa à evolução positiva e o índice de referência, o PSI-20, avança 1,6% para 4.404,39 pontos. Grande parte das empresas que o compõem está em terreno positivo. O BCP ganha 3,43% para 1,81 cêntimos.

 

A Pharol marca a evolução mais significativa, ao somar 10,46% para 16,9 cêntimos.

 

Juros portugueses somam 

Os juros portugueses estão a subir praticamente em todos os prazos na sessão desta quinta-feira, ainda que de forma pouco intensa. No prazo de referência, a subida é de 2,1 pontos base para 3,071%, de acordo com as taxas genéricas da Bloomberg. A subida dos juros no mercado secundário é um barómetro para medir a tensão no mercado de dívida – por outras palavras, para medir os custos de financiamento de Portugal no mercado primário.

 

O avanço ocorre num dia em que, na Europa, foi revelado que a produção industrial da maior economia da Zona Euro caiu, em Maio, a um ritmo que não se via desde Agosto de 2014. Ainda antes do referendo.

 

Iene continua escalada, libra recupera 

Os mercados têm sido prejudicados pelo Brexit mas há activos que continuam a somar terreno. O iene valoriza pelo terceiro dia, continuando a ganhar força como activo de refúgio no período de incerteza pós-Brexit. Está a ganhar em relação às dez maiores moedas europeias. O iene ganha 0,4% para 100,92 por dólar. Segundo a Bloomberg, avança mais de 5% desde o Brexit.

 

A libra está a recuperar ligeiramente depois de ter recuado até aos mínimos desde 1985.

 

Petróleo soma 

O petróleo está a ganhar esta quinta-feira, no dia em que haverá mais dados sobre a evolução das reservas na maior economia do mundo. 

Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte ganha 0,53% para 49,06 dólares enquanto os contratos futuros relativos ao West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, somam 0,70% para 47,76 dólares por barril. 

  

Ouro avança pelo sétimo dia 

Os metais preciosos avançam com a perspectiva de que a subida nos juros nos Estados Unidos não seja tão rápida como se esperava. As minutas do encontro de Junho da Reserva Federal norte-americana mostram preocupações com o mercado de trabalho. Como nota a Bloomberg, trata-se de uma perspectiva de que a economia americana estava já a levantar dúvidas mesmo antes do Brexit. O ouro está a subir 0,20% para 1.366,49 dólares por onça. A sétima valorização consecutiva.

Destaques do dia 

 

Credores do BES devem recuperar 31,7% das perdas. É uma conclusão do relatório da Deloitte que avalia se os credores do banco perdem mais com a resolução do que com uma eventual liquidação. O Fundo de Resolução terá maiores custos mas ainda há dúvidas, segundo avança o Banco de Portugal.

 

Mudanças na administração do Novo Banco. Além da saída de Eduardo Stock da Cunha, que dá até ao final do mês para a sua substituição (António Ramalho é o nome escolhido, ainda não oficializado), José João Guilherme também abandonou a administração do Novo Banco.

 

Mercado de trabalho preocupa Fed. Nas minutas reveladas do encontro da Reserva Federal do mês passado, é indicado que o comité optou por não mexer nos juros devido às preocupações relativas ao mercado laboral.

 

EDP compra em Espanha. A EDP exerceu a opção de compra de 5% da Naturgas, em Espanha, ficando com a totalidade daquela empresa. A opção existia desde 2010, altura em que foi adquirido a quase totalidade da empresa, e foi exercida mediante o pagamento de 33,3 milhões de euros.

 

State Gride compra à Camargo Corrêa. A empresa chinesa que é a principal accionista d aRen, a State Grid, adquiriu a participação da Camargo Corrêa, dona da Cimpor, na brasileira CPFL Energia.


O que vai acontecer hoje
Indicadores nos EUA: É divulgado o relatório da ADP sobre a criação de postos de trabalho, em Junho [anterior: 173 mil ; estimativa: 151 mil].

 

Números do desemprego: Os EUA apresentam os pedidos de subsídio de desemprego, na semana passada.

 

Portugal: Debate do Estado da Nação. 

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