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Fecho dos mercados: Bolsas e petróleo em máximos, euro afunda e juros disparam

Nos mercados financeiros, 2017 está a começar como decorreram os últimos dois meses de 2016, só que de forma ainda mais acentuada. As bolsas estão em forte alta, o petróleo atingiu um novo máximo, o euro cai para novos mínimos e os juros da dívida agravam.

03 de Janeiro de 2017 às 17:38
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Os mercados em números

PSI-20 perdeu 0,18% para 4.725,41 pontos

Stoxx 600 subiu 0,7% para 365,71 pontos

S&P 500 valoriza 0,48% para 2.249,62 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal disparou 20 pontos base para 3,91%

Euro recua 0,37% para 1,0416 dólares

Petróleo em Londres desce 1,71% para 55,85 dólares

 

Rally de início de ano nas bolsas

É já uma tendência habitual nos arranques de ano. E volta a acontecer no arranque de 2017, com um "rally" nos mercados bolsistas que levou muitos índices a atingirem máximos de pelo menos um ano. O optimismo dos investidores deve-se ao facto de terem sido publicados vários dados económicos positivos sobre a evolução da actividade industrial na Zona Euro, na China e nos Estados Unidos.

 

"Os investidores retiveram, claramente, o sentimento optimista que reinava antes do Natal, preferindo o foco nas notícias positivas em detrimento dos receios com a incerteza política" em várias regiões do globo, comentou à Bloomberg Van Dulken, "head of research" da Accendo Markets.

 

No dia em que as bolsas de Londres e de Frankfurt regressaram à negociação, o Stoxx 600 atingiu um máximo desde 31 Dezembro 2015, com uma subida no fecho de 0,7%. Lisboa não acompanhou esta tendência, com o PSI-20 a descer 0,18%. Em Wall Street os índices estão a negociar perto de máximos históricos, com o Dow Jones próximo de quebrar a fasquia dos 20.000 pontos.


 

Juros disparam com alta da inflação 

O início de 2017 continua também a ser marcado pela saída dos investidores do mercado de obrigações para apostarem nas acções. Os juros da dívida pública estão em alta nos principais mercados, com destaque para a Europa, uma vez que foram revelados dados que apontam para a alta da inflação nas principais economias. As "yields" acentuam a subida depois de a Alemanha ter divulgado que a inflação atingiu em Dezembro o nível mais alto desde Julho de 2013, gerando a expectativa que o plano de estímulos do BCE poderá acabar mais rápido que o previsto.  

 

As obrigações portuguesas foram das mais castigadas, com a "yield" dos títulos a 10 anos a disparar 20 pontos base para 3,91%, um máximo desde 15 de Dezembro. Com o juro das bunds a subir de forma menos acentuada (+7,5 pontos base para 0,26%), o risco da dívida portuguesa (medido pelo spread face à dívida germânica) subiu para o nível mais alto desde Fevereiro do ano passado, nos 364 pontos base.

 

Euro em mínimos após dado nos EUA 

No mercado cambial também prossegue a mesma tendência de final de 2016. O dólar mantém a trajectória de alta contra as principais moedas mundiais, com os investidores optimistas com a evolução da economia norte-americana. O anunciou de que a actividade industrial na maior economia do mundo subiu para máximos de dois anos levou a nota verde a reforçar os ganhos, atirando o euro para uma queda de 0,37%. A moeda única chegou a cair 1,09% para 1,0341 dólares, um novo mínimo desde Janeiro de 2003.

 

Petróleo desce após atingir novo recorde 

Na primeira sessão de 2017, o petróleo atingiu um novo máximo desde o Verão passado, com a cotação da matéria-prima a ser impulsionada pelos primeiros cortes na produção introduzidos por membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Contudo a matéria-prima inverteu para terreno negativo, reagindo à alta do dólar no mercado cambial. "O dólar está com força, o que retira brilho ao ‘rally’ do petróleo", comentou à Bloomberg Thomas Finlon, director do Energy Analytics Group.

 

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desce 1,81% para 52,75 dólares, depois de já ter tocado nos 55,24 dólares, o valor mais alto desde Junho de 2015. Já o Brent, transaccionado em Londres, atingiu os 58,37 dólares, um máximo de Julho do mesmo ano. Segue agora a perder 1,71% para 55,85 dólares. 

 

Taxas Euribor voltam a descer para mínimos 

As taxas Euribor desceram hoje a três, seis e doze meses, corrigindo das subidas registadas na véspera. O indexante a 3 meses desceu para -0,319%, o que corresponde a um novo mínimo de sempre. A taxa a seis meses desceu 0,1 pontos base para -0,221%, igualando um mínimo histórico que foi atingido pela primeira vez a 22 de Novembro do ano passado.

 

No prazo de nove meses, a Euribor manteve-se inalterada em -0,140%, situando-se no actual mínimo de sempre. A 12 meses, a Euribor desceu 0,1 pontos base para -0,084%, também um mínimo histórico.

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