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Bolsa nacional interrompe ciclo de ganhos pressionada pela energia

A bolsa lisboeta transaccionou em terreno negativo, interrompendo um ciclo de três sessões seguidas a valorizar. O sector energético e o BCP pressionaram o principal índice nacional.

Miguel Baltazar/Negócios
03 de Janeiro de 2017 às 16:43
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O PSI-20 encerrou a sessão desta terça-feira, 3 de Janeiro, a perder 0,18% para 4.725,41 pontos, com 10 cotadas a negociar em queda, seis em alta e as restantes duas inalteradas, interrompendo assim um ciclo de três dias consecutivos a valorizar, isto depois de o principal índice nacional ter iniciado o dia em terreno positivo e de ter chegado a tocar no valor mais elevado desde 24 de Outubro. Esta terça-feira o risco da dívida portuguesa atingiu o nível mais alto desde Fevereiro do ano passado.

 

A praça lisboeta acabou por contrariar a tendência predominante na Europa, num dia em que a generalidade das principais praças europeias negociaram em alta. O índice de referência europeu, Stoxx 600, negociou em terreno positivo pelo terceiro dia consecutivo, tendo tocado em máximos de 31 de Dezembro de 2015. 

 

A apoiar os ganhos no Velho Continente estiveram os dados hoje divulgados sobre a evolução da produção industrial dos Estados Unidos e da China. Enquanto a produção industrial norte-americana superou a expectativa dos analistas, a chinesa atingiu máximos de quatro anos.

 

No plano nacional foi o sector o sector energético que mais pressionou. A EDP perdeu 0,45% para 2,904 euros, a EDP Renováveis resvalou 0,36% para 6,023 euros, enquanto depois de terem passado boa parte da sessão em alta, também a Galp Energia terminou o dia a deslizar 0,31% para 14,275 euros e a REN a cair 0,92% para 2,704 euros. 

Ainda a penalizar esteve o BCP que desvalorizou 1,45% para 1,073 euros num momento em que o banco liderado por Fernando Ulrich aguarda pelo registo da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelos catalães do CaixaBank. Ainda na banca, as unidades de participação do Montepio cederam 0,24% para 0s 0,419 euros.

A travar uma desvalorização mais acentuada da praça lisboeta estiveram a Nos e a Mota-Engil, com a operadora de telecomunicações a avançar 0,40% para 5,754 euros e a construtora a ganhar 2,67% para 1,655 euros. Isto no dia em que a Mota-Engil criticou as contas feitas pelo regulador dos resíduos, reservando-se o "direito de questionar" estas decisões em "sede própria", e um dia depois de ter comunicado ao regulador dos mercados que havia chegado a acordo com o fundo InfraRed Infrastructure para a "alienação de 85% das suas participações nas concessionárias" em dois projectos em Aruba.

A finalizar, destaque ainda para a Semapa que somou 0,78% para 13,60 euros na quarta sessão seguida a acumular valor e num dia em que a cotada negociou em máximos de Maio de 2015 ao tocar nos 13,85 euros por acção. 

(Notícia actualizada às 16:55)

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