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Petróleo atinge máximo de três meses em Nova Iorque. Brent supera os 50 dólares
O Brent superou a barreira dos 50 dólares pela primeira vez em quase um mês, numa altura em que o mercado continua a digerir o acordo alcançado entre os membros da OPEP para reduzir a produção.
O petróleo está a negociar em alta nos mercados internacionais esta segunda-feira, 3 de Outubro, numa altura em que os investidores continuam a avaliar o acordo alcançado na semana passada entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para reduzir a produção.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 0,66% para 48,56 dólares, depois de ter chegado a disparar um máximo de 1,31% para 48,87 dólares, o valor mais elevado desde 5 de Julho.
Em Londres, o barril de Brent avança 0,64% para 50,51 dólares, tendo chegado a negociar nos 50,90 dólares, um máximo desde meados de Agosto.
"A verdadeira importância do acordo de produção da semana passada não é o tamanho do corte implícito ou real, mas o facto de a Arábia Saudita e a OPEP terem voltado a uma gestão activa do mercado", refere Mike Wittner, responsável pela análise do mercado petrolífero do Société Générale. "Não é exagerada a importância dessa mudança".
A matéria-prima disparou na quarta-feira, depois de os membros do cartel, reunidos em Argel, terem acordado reduzir a produção do grupo pela primeira vez em oito anos.
Ainda que a decisão sobre quem vai cortar o quê esteja guardada para reunião de Novembro, em Viena, a Nigéria e o Irão já disseram que estão "isentos", enquanto o Iraque diz não aceitar as estimativas da OPEP para os seus níveis de produção.
Segundo reportou a agência noticiosa estatal IRNA, o Irão pretende aumentar as exportações de petróleo para 2,35 milhões de barris por dia nos próximos meses. Actualmente, o país exporta 2,2 milhões.
Numa nota de análise divulgada esta segunda-feira, os analistas do JPMorgan reduziram as suas estimativas de preços para o Brent, no quarto trimestre para 50 dólares por barril (menos 5 dólares do que a anterior estimativa). Já para o WTI, as estimativas foram revistas em baixa para 48 dólares (menos 7 do que a anterior previsão), devido a fundamentais "materialmente mais fracos".