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Fecho dos mercados: Brent acima de 50 dólares, juros sobem e bolsas europeias quase inalteradas

Na primeira sessão de Outubro as bolsas europeias tiveram ganhos moderados. O PSI-20 seguiu a tendência, alicerçado na subida da Jerónimo Martins. A libra está perto do valor mais baixo de três décadas e o Brent voltou a passar os 50 dólares.

Bloomberg
03 de Outubro de 2016 às 17:27
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,04% para 4.598,92 pontos

Stoxx 600 ganhou 0,09% para 343,23 pontos

S&P 500 desce 0,49% para 2.157,60 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal subiu 6,3 pontos base para 3,393%

Euro desce 0,21% para 1,1212 dólares

Petróleo avança 0,62% para 50,50 dólares por barril em Londres

 

Bolsas europeias com ganhos ligeiros

O índice europeu Stoxx 600 encerrou a primeira sessão de Outubro com um ganho ligeiro de 0,09%, com os ganhos das cotadas dos serviços financeiros, de turismo e das mineiras a impedirem um dia negativo. Estes sectores compensaram as descidas das cotadas de serviços de utilidade pública ("utilities"), imobiliário e telecomunicações. No entanto, com o mercado alemão encerrado devido a um feriado, o dia foi marcado por uma liquidez menor que o normal.

Além da menor liquidez, o comportamento moderado do Stoxx 600 é explicado pela cautela com que os investidores estão a abordar o mercado. "Tentam encontrar pistas sobre o fluxo noticioso em torno da banca e não houve nada de concreto durante o fim-de-semana", referiu Chris Beauchamp, analista da IG, citado pela Bloomberg.

Apesar de a sessão ter sido de ganhos ligeiros, as bolsas italiana e espanhola sofreram quedas de 0,77% e de 0,32%. Já as acções britânicas lideraram os ganhos. A libra agravou as descidas, o que deu fôlego às cotadas do sector exportador. O PSI-20 também iniciou Outubro com um ganho moderado de 0,04%. As subidas de 2,24% Jerónimo Martins, de 1,33% da Navigator e de 1,62% Sonae ajudaram a compensar as descidas de 2,24% da EDP e de 1,16% da EDP Renováveis.

Taxa a dez anos sobe

A taxa das obrigações portuguesas a dez anos sobe pela segunda sessão. Aumentou 6,3 pontos base para 3,393% esta segunda-feira, numa sessão em que as "yields" de outros países da periferia também aumentaram. Em Itália, a taxa subiu 7,8 pontos base para 1,266%, numa altura em que os investidores estão cautelosos devido à incerteza sobre o resultado do referendo constitucional. Já a taxa espanhola aumentou 5,5 pontos base para 0,936%.

Também a taxa da dívida alemã subiu. Aumentou 2,6 pontos base para -0,093%. O prémio de risco da dívida portuguesa face à germânica aumentou 3,7 pontos base para 348,6 pontos base.

Euribor inalteradas nos prazos mais curtos

No arranque do mês as taxas Euribor de mais curto prazo ficaram inalteradas. O indexante a três meses permaneceu em -0,301%, segundo dados da Bloomberg. Está em valores negativos desde Abril de 2015. Também a Euribor a um mês ficou inalterada em -0,371%.

Libra perto de mínimos de 30 anos

A libra perde 1,04% face à nota verde para 1,2837 dólares. E negoceia no valor mais baixo desde 6 de Julho, altura em que bateu mínimos de mais de 30 anos. A descida ocorre depois de a primeira-ministra britânica, Theresa May, ter oficializado que iniciará formalmente o processo de saída do reino Unido da União Europeia no primeiro trimestre de 2017. E de ter indicado, na conferência anual do seu partido, que o Reino Unido quer agir de forma independente para travar a imigração, o que pode sinalizar problemas nas negociações com Bruxelas para abandonar a União.

Brent acima de 50 dólares

Os preços do petróleo recuperam e negoceiam perto do valor mais elevado dos últimos três meses. A segurar o preço está ainda a notícia de um acordo entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo para cortarem, sem bem que de forma modesta, a produção. Apesar desse factor, os bancos de investimento têm mostrado algum cepticismo sobre os detalhes do acordo alcançado na semana passada. Ainda assim, o Brent valoriza 0,62% para 50,50 dólares. Já o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, sobe 0,48% para 48,47 dólares.

Trigo perde mais de 2%

Após ter recuperado nas últimas sessões, o trigo voltou às desvalorizações. O preço da matéria-prima desce 1,80% para 3,95 dólares por alqueire, com os fundos de cobertura de risco a abrirem posições curtas, segundo a Reuters. Isto depois de a matéria-prima ter valorizado 3,54%em Setembro, após a estimativa para a produção nos EUA ter sido revista em baixa, o que causou receios de que as reservas de trigo poderiam diminuir. 

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