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Irão quer aumentar produção diária de petróleo para 4 milhões de barris

Amir Hossein Zamaninia, vice-ministro do Petróleo iraniano para os assuntos internacionais, diz que o país precisa "de alcançar os níveis de produção anteriores às sanções", altura em que extraía 4.085 milhões de barris por dia.

Bloomberg
Negócios 17 de Outubro de 2016 às 12:54
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O Irão quer aumentar a produção diária de petróleo para quatro milhões de barris por dia, uma decisão que poderá vir a pôr em causa os planos da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para reduzir a produção e sustentar os preços da matéria-prima nos mercados.

Números divulgados pela Bloomberg demonstram que o terceiro maior membro da OPEP regista actualmente uma produção de 3,89 barris de petróleo por dia. O director administrativo da National Iranian Oil Co., Ali Kardor, afirma numa conferência de imprensa esta segunda-feira que o país pretende fazer esse número subir.


"Precisamos de alcançar os níveis de produção anteriores às sanções", confessa Amir Hossein Zamaninia citado pela Bloomberg. O vice-ministro do Petróleo para os assuntos internacionais recorda que o Irão extraía 4.085 milhões de barris por dia antes das sanções impostas pelos EUA.


O cartel reunir-se-á no próximo mês para pôr em prática o plano de redução na produção de petróleo na tentativa de interromper a contínua descida dos preços do crude e a crescente extracção diária desta matéria-prima. No mesmo encontro serão também discutidas as quotas de produção para cada membro. Kardor, citado pela mesma fonte, argumenta que é "inaceitável" definir uma quota para o país com base em informações avançadas por analistas e jornalistas.


A união de países exportadores de petróleo reuniu-se no mês passado na Argélia para planear uma redução para entre os 32,5 milhões e os 33 milhões de barris diários, cortes esses dos quais o Irão ficou isento, recorda a Bloomberg.

Após as sanções internacionais impostas em 2012, o Irão pretende agora recuperar a sua posição como segundo maior produtor de petróleo da OPEP.

O petróleo Brent negociado em Londres (que serve de referência para Portugal) recupera nos últimos minutos das quedas verificadas às primeiras horas da manhã, quando estavam a ser influenciados pelo aumento de equipamentos de extracção nos Estados Unidos, pelo fortalecimento do dólar, pelos recordes de produção da OPEP e por um crescimento económico global lento que, de acordo com a mesma fonte, poderá afectar a procura.

A unidade negociada em Londres sobe agora 0,48% para os 52,2 dólares, ao passo que o West Texas Intermediate soma 0,24% em Nova Iorque, para 50,48 dólares por barril.

Um relatório da empresa de serviços de petróleo Baker Hughes avançou na passada sexta-feira que os Estados Unidos estenderam a sua produção pela 16.ª semana consecutiva, com o acréscimo de quatro novos equipamentos nas plataformas de extracção na semana passada.

"Os valores recorde na oferta acumulada da OPEP, as estimativas de um PIB global mais fraco, e inventários ainda elevados levam-nos a descer e a abrandar as nossas perspectivas no preço do petróleo", avança a Bernstein Energy numa nota aos clientes esta segunda-feira. A companhia reduz as suas previsões de 64 euros para 55 euros por barril Brent para 2017, e de 73 euros para 64 euros para 2018.

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