O petróleo está em forte queda nos mercados internacionais. Em Londres, o contrato de Janeiro do Brent do Mar do Norte, utilizado como valor de referência para as importações nacionais, está a perder 3,79% para 41,37 dólares por barril, isto numa sessão em que já transaccionou nos 41,22 dólares, preço que representa o valor mais baixo desde Março de 2009.

Já o West Texas Intermediate (WTI) para entrega em Janeiro segue a negociar abaixo dos 40 dólares, estando agora a ceder 4,53% para 38,16 dólares, naquela que é a segunda sessão consecutiva em queda. O crude negociado em Nova Iorque está mesmo a negociar em mínimos de 24 de Agosto deste ano.

A pressionar o preço da matéria-prima continua a decisão tomada, na reunião realizada na passada sexta-feira, pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Nesse encontro, os países da OPEP não definiram uma nova meta para a sua produção diária, tendo decidido manter a produção de petróleo nos níveis actuais.

O que, na prática, significou uma autorização para que a produção diária de petróleo permaneça acima da meta definida de 30 milhões de barris por dia. A OPEP revelou que só na reunião do próximo mês de Junho irá definir um novo limite para a produção diária da matéria-prima, decidindo assim que até lá a produção continue nos níveis actuais, que rondam os 31,5 milhões de barris por dia.

A OPEP está, portanto, a dar luz verde para que a produção de petróleo continue acima da meta estipulada pelo menos até meados do próximo ano. Como tal, os mercados estão a colocar sob pressão o preço do crude antecipando que o excesso de oferta nos mercados internacionais vá persistir.