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BPI: Impacto da queda do petróleo na Galp supera crescimento operacional

A produção de petróleo da Galp disparou, mas ficou ligeiramente aquém do esperado. Além disso, os analistas apontam que não terá sido suficiente para compensar as fortes queda do preço da matéria-prima.

Miguel Baltazar/Negócios
15 de Abril de 2016 às 10:28
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A Galp Energia apresentou os resultados operacionais do primeiro trimestre. Um período no qual produziu o equivalente a uma média de 53,7 mil de barris de petróleo por dia. Este valor, apesar de revelar um crescimento de 38,7% face ao período homólogo, fica ligeiramente abaixo das estimativas. Além disso, aponta o BPI, não compensa o impacto da queda dos preços da matéria-prima.

"O aumento da produção não é muito excitante, mas está dentro das nossas previsões", aponta o BPI, numa nota a que o Negócios teve acesso. É que a equipa de análise estimava uma maior produção da cotada liderada por Gomes da Silva (na foto) em vários poços no Brasil, além do arranque de um outro.

Mas aponta também que a venda de produtos petrolíferos recuou 5% em termos homólogos, algo que o BPI explica com "os níveis de chuva no primeiro trimestre de 2016, que foram o dobro do mesmo período do ano anterior". "No geral, a queda dos preços foi apenas parcialmente compensada pelo forte crescimento da produção", escrevem os especialistas.

"A Galp continua a ser uma história única de entrega de dividendos, num contexto de sector muito complexo", aponta o banco. Contudo, conclui, "o trimestre não deverá ser tão excitante como os anteriores".

Abaixo das previsões do Haitong

Os resultados operacionais da Galp "foram globalmente mais fracos do que antecipávamos", aponta Filipe Rosa. Segundo o analista do Haitong, o segmento de "exploração e produção falhou a nossa previsão em 3%", mas este destaca, ainda assim, o forte crescimento no trimestre. E aponta que as margens unitárias no fornecimento de gás natural deverão ter continuado "muito saudáveis".

"No geral, prevemos uma reacção ligeiramente negativa do mercado", aponta o Haitong. O banco acrescenta que as acções da Galp têm superado o desempenho do mercado. Mas agora o "potencial fundamental é limitado", explica Filipe Rosa, tendo em conta a previsão de 65 dólares por barril para o longo prazo.

Em baixa estão mesmo as acções da Galp Energia. A petrolífera nacional segue a perder 0,43% para 11,52 euros por acção, pondo fim a uma série de cinco sessões consecutivas de ganhos.
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