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Ataques a instalações petrolíferas sauditas cortam produção em 50%

Um ataque com drones já reivindicado pelos rebeldes iemenitas hutis provocou neste sábado incêndios em duas instalações petrolíferas da gigante saudita Aramco, reduzindo a produção do país em cinco milhões de barris por dia. Trata-se do terceiro ataque em cinco meses.

Reuters
14 de Setembro de 2019 às 12:39
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O canal de televisão dos rebeldes iemnitas hutis, Al-Massira, reivindicou "uma operação de envergadura contra instalações petrolíferas em Abqaiq e Khurais", na Arábia Saudita, país cujas forças estão aliadas o poder no Iémen contra os rebeldes.

 



Os ataques perpetrados com drones provocaram incêndios em duas instalações petrolíferas da Aramco situadas em Abqaiqe e Khurais.

 

Em Abqaique, o alvo foi a maior refinaria da empresa estatal. Já o campo petrolífero de Khurais produz mais de um milhão de barris de crude por dia, e a Aramco estima que possua reservas superiores a 20 mil milhões de barris, salienta o The Guardian.

 

"Às 04:00 locais (02:00 em Lisboa) equipas de segurança da Aramco intervieram para apagar incêndios em duas instalações", indicou o Ministério do Interior saudita. "Os dois incêndios foram apagados", adiantou o ministério, sem precisar a origem dos drones nem se houve vítimas ou suspensão das operações.

Apesar de os ataques terem sido reivindicados pelos hutis iemnitas, o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo disse, citado pela Bloomberg, que não há provas de que os ataques tenham vindo do Iémen.

Algumas fontes citadas pela Reuters e The Wall Street Journal referiram que estes ataques perturbaram fortemente a produção saudita de petróleo, que foi assim reduzida em cinco milhões de barris por dia – perto de metade da produção total do país.

Posteriormente, Riade confirmou a dimensão desse corte, tendo sublinhado que corresponde mesmo a 50% do que produz.

 

As autoridades da Arábia Saudita – maior exportadora mundial de petróleo – reforçaram a segurança nas duas instalações, impedindo os jornalistas de se aproximarem, referiu por seu lado a agência France-Presse.

 

Os hutis, apoiados politicamente pelo Irão, grande rival regional da Arábia Saudita, reivindicam regularmente lançamentos de mísseis com drones contra alvos sauditas e afirmam que agem como represália contra os ataques aéreos da coligação militar liderada pela Arábia Saudita, que intervém no Iémen em guerra desde 2015.

(notícia atualizada às 21:42)

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