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Arábia Saudita com capacidade para responder a ataque de drones
O príncipe herdeiro da Arábia Saudita disse neste sábado que o seu país tinha "vontade e capacidade" para responder ao ataque com drones dos rebeldes hutis a duas importantes instalações petrolíferas.
"O reino tem vontade e capacidade de enfrentar e responder a este ataque terrorista", disse o príncipe Mohammed bin Salman (na foto), numa conversa telefónica com o presidente norte-americano, Donald Trump, segundo a agência oficial da Arábia Saudita.
Um ataque com drones já reivindicado pelos rebeldes iemenitas hutis provocou neste sábado incêndios em duas instalações petrolíferas do gigante saudita Aramco, no leste do país.
Segundo a Associated Press e o The Guardian, o ataque com drones atingiu a maior refinaria da Aramco (e a maior instalação de processamento de petróleo do mundo), em Abqaique, e o importante campo petrolífero de Khurais -que produz mais de um milhão de barris de crude por dia de crude -, provocando grandes incêndios numa zona vulnerável para o fornecimento global de energia.
A Arábia Saudita já revelou entretanto que estes ataques reduziram a sua produção de crude em cinco milhões de barris por dia, o que corresponde a 50% do que o reino produz.
O enviado especial da ONU para o Iémen, Martin Griffiths, mostrou-se "extremamente preocupado" com o ataque de drones a duas grandes instalações de petróleo na Arábia Saudita. Griffiths exortou todas as partes a "prevenir outros incidentes, que representam uma séria ameaça à segurança regional, complicam a situação já frágil e comprometem a política liderada pela ONU".
Um porta-voz militar dos rebeldes hutis reivindicou o ataque, tendo dito que foram enviados 10 drones. Yahia Sarie fez o anúncio num discurso televisivo que foi transmitido pelo canal de notícias por satélite dos hutis, Al-Massira.
Os hutis, apoiados politicamente pelo Irão, grande rival regional da Arábia Saudita, reivindicam regularmente lançamentos de mísseis com drones contra alvos sauditas e afirmam que agem como represália contra os ataques aéreos da coligação militar liderada pela Arábia Saudita, que intervém no Iémen, em guerra desde 2015.