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Rebeldes iemenitas ameaçam lançar novos ataques na Arábia Saudita
Os rebeldes Houthis, que reivindicaram os atentados de sábado contra instalações petrolíferas sauditas, ameaçaram hoje lançar novos ataques contra objetivos na Arábia Saudita, um país que intervém na guerra no Iémen desde 2015.
"Temos um longo braço e que pode atingir qualquer local em qualquer momento", declarou o porta-voz dos rebeldes iemenitas, Yahiya Saree, ao dirigir-se ao "regime saudita".
Apelou ainda a Riade para "rever os seus cálculos e pôr termo à sua agressão e ao seu bloqueio contra o Iémen".
O porta-voz, citado pela televisão Al-Massirah controlada pelos rebeldes, pediu às companhias e cidadãos estrangeiros que evitem as instalações petrolíferas sauditas, que segundo garantiu permanecem "na linha de mira" dos Houthis.
A infraestrutura energética saudita já tinha sido atingida após a intervenção de Riade, que hegemoniza uma coligação armada contra os rebeldes do vizinho Iémen, em particular nos meses de maio e agosto.
No entanto, os ataques de sábado contra a fábrica de Abqaiq e a jazida de Khurais, no leste da Arábia Saudita, são de outra envergadura, ao provocarem uma queda para metade da produção saudita (5,7 milhões de barris por dia, cerca de 6% do fornecimento mundial).
Os Houthis, apoiados pelo Irão, reivindicaram os ataques.
No entanto, o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo, considera não existir qualquer prova que este "ataque sem precedentes contra o abastecimento energético mundial" seja proveniente do Iémen.
Washington acusa o Irão de estar na origem destes ataques. Mas Teerão, através do porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Abbas Moussavi, considerou estas acusações "absurdas" e "incompreensíveis".