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Paulo Macedo vai ao Parlamento explicar aumentos das comissões bancárias na CGD

O requerimento, feito pelo Bloco de Esquerda, foi aprovado por unanimidade na reunião da Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.

Duarte Roriz/Correio da Manhã
07 de Fevereiro de 2018 às 12:37
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Paulo Macedo, presidente-executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), será ouvido no Parlamento, a propósito dos recentes aumentos das comissões bancárias. O requerimento, feito com urgência, foi apresentado pelo Bloco de Esquerda e aprovado por unanimidade pelos deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, esta quarta-feira, 7 de Fevereiro.  


"As sucessivas alterações de preçário divulgadas ao longo do último ano afiguram-se abusivas, em particular no que diz respeito ao aumento dos custos associados às contas dos jovens e reformados. Cabe ao banco público adoptar políticas inclusivas que garantam a todos os portugueses o acesso ao sistema financeiro e que não acompanhe as práticas de mercado, pelo que os sucessivos aumentos de comissões se afiguram preocupantes", refere o requerimento de audição de Paulo Macedo apresentado pelo Bloco de Esquerda.


Como o Negócios noticiou a 11 de Janeiro, a CGD vai retirar, a partir de 1 de Maio, a isenção da comissão de manutenção de conta aos jovens entre 26 e 29 anos. Ou seja, as contas cujos titulares possuam o Megacartão Jovem (com idade entre os 26 e os 29 anos) passarão a pagar uma comissão de manutenção mensal de 4,95 euros, acrescida de imposto do selo de 4% (5,148 euros, no total). 


Além disso, a utilização da caderneta para operações na agência vai ser um dos serviços visados pelos agravamentos anunciados pela CGD, no início do ano. Quem fizer levantamentos ao balcão com apresentação de caderneta vai passar a pagar um euro, a partir de Maio.


O partido solicita que esta audição seja realizada "com a maior brevidade possível". Nesta audição, o Bloco de Esquerda pretende também que o presidente-executivo do banco público esclareça as questões relativas à redução do número de trabalhadores, no âmbito do processo de recapitalização.


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O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda apoiou a recapitalização do banco público por considerar que a sua solidez é do interesse de toda a economia nacional e, em particular, do sistema financeiro português. Entendemos, no entanto, que esse processo não pode sujeitar a CGD à redução da qualidade dos seus serviços, ou a qualquer ameaça aos direitos dos seus trabalhadores", frisa o requerimento apresentado pela deputada Mariana Mortágua.


O Bloco de Esquerda lembra que, com o objectivo de redução de 500 trabalhadores até ao final de 2017, a CGD deu início a um programa de rescisões por mútuo acordo mas, "apesar das garantias dadas de que este programa teria um carácter estritamente voluntário, chegaram ao Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda denúncias de pressões internas sobre trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos".


Além de Paulo Macedo, será também ouvido o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD sobre a redução do número de trabalhadores.

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