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PSD questiona Centeno sobre fim da isenção das comissões para jovens na CGD
O grupo parlamentar do PSD remeteu hoje perguntas ao ministro das Finanças, Mário Centeno, recordando que "já tinha alertado para as consequências negativas que resultavam das escolhas feitas pelo actual Governo aquando da negociação do plano de recapitalização da CGD".
O PSD quer justificações para o fim da isenção das comissões de conta para jovens na Caixa Geral de Depósitos (CGD), considerando que as medidas que advêm do plano de recapitalização do banco público trazem "evidentes prejuízos".
Hoje, o Jornal de Negócios noticia que, com o início do ano, a CGD avançou com uma alteração extensa das despesas que são aplicadas aos seus clientes, sendo que uma das mais significativas é o início da cobrança de comissão de manutenção de conta aos jovens. As contas cujos titulares possuam o Megacartão Jovem (com idade entre os 26 e os 29 anos) passarão a pagar uma comissão de manutenção mensal de 4,95 euros, acrescida de imposto do selo de 4% (5,148 euros, no total).
Nesse sentido, o grupo parlamentar do PSD remeteu hoje perguntas ao ministro das Finanças, Mário Centeno, recordando que "já tinha alertado para as consequências negativas que resultavam das escolhas feitas pelo actual Governo aquando da negociação do plano de recapitalização da CGD".
"Parece ser cada vez mais evidente que o plano de recapitalização negociado e aprovado nos termos em que foi implicou o aumento generalizado e significativo de inúmeras comissões com evidente prejuízo para os clientes do banco público, além do já conhecido e anunciado encerramento de balcões por todo o país", consideram os sociais-democratas.
Para o PSD, "não se compreende que a opção seja por onerar mais os jovens, acabando com uma isenção que há vários anos minimizava as já enormes dificuldades de emancipação a que estão sujeitos os jovens portugueses".
Por isso, os deputados querem conhecer a justificação para o fim da isenção das comissões de manutenção de conta para jovens no banco público e a posição do Governo, enquanto titular da função accionista, perante este aumento de encargos "claramente prejudicial" para os jovens clientes da CGD.