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Finanças dizem que comissões da CGD "estão em linha com os concorrentes"
O ministério liderado por Mário Centeno já respondeu às perguntas dos deputados do Bloco de Esquerda e do PSD sobre as alterações das comissões da CGD.
Os jovens entre os 26 e os 29 anos vão perder a isenção da comissão de manutenção de conta na CGD, a partir de 1 de Maio. Uma alteração que levou os deputados do Bloco de Esquerda e do PSD a questionar o Governo. E o Ministério das Finanças já respondeu: as comissões do banco público estão "em linha com os concorrentes".
Como o Negócios avançou a 11 de Janeiro, as contas cujos titulares possuam o cartão Megacartão Jovem (a idade limite de acesso a este cartão é de 29 anos) vão perder a isenção da comissão de manutenção. Ou seja, as contas cujos titulares possuam o Megacartão Jovem (com idade entre os 26 e os 29 anos) passarão a pagar uma comissão de manutenção mensal de 4,95 euros, acrescida de imposto do selo de 4% (5,148 euros, no total).
Esta alteração do preçário levou os deputados a questionar o Ministério das Finanças que respondeu, na quinta-feira. "As comissões de conta praticadas pela CGD estão em linha com os concorrentes no mercado e o banco mantém um quadro alargado de isenções, que permite uma diferenciação dos clientes da CGD em função das suas condições particulares", respondeu o ministério liderado por Mário Centeno.
Além disso, as Finanças dizem ainda que, como "a CGD esclarece", "os jovens até aos 26 anos mantêm a isenção de comissões de conta à ordem, "independentemente dos produtos que detenham". "A CGD nota, ainda assim, que a idade limite para a isenção da comissão da conta à ordem mantém-se entre as mais altas do mercado", acrescentam as Finanças.
"De referir que a CGD encontra-se a aplicar plenamente o regime em vigor relativo aos serviços mínimos bancários. Neste regime, as contas à ordem têm custo zero no banco público", diz ainda o ministério. Recorde-se que todos os bancos são obrigados a disponibilizar aos seus clientes contas de serviços mínimos bancários.
"Como accionista único da CGD, o Governo confiou à administração do banco a missão de garantir a solidez financeira da instituição no longo prazo. Para que a CGD cumpra esta missão tem de estar assegurada a viabilidade económica da operação bancária, através também da convergência dos preços praticados com o mercado", frisa o Ministério das Finanças.
Este tema levou também o Bloco de Esquerda a avançar com um pedido de requerimento para uma audição de Paulo Macedo, presidente da CGD, no Parlamento. Um pedido que foi aprovado por unanimidade.