Notícia
Costa: "Não nos intrometemos nos actos de gestão da CGD"
O primeiro-ministro recusou esta quinta-feira interferir em actos de gestão de empresas públicas. Antes, a líder do CDS tinha questionado António Costa sobre o aumento de comissões da CGD.
"Deve ou não fazer alguma diferença o Estado ser o principal accionista da Caixa? É aceitável que haja mais este aumento de comissões que afecta em particular os mais idosos", perguntou Assunção Cristas, que quis levar para o Parlamento o aumento de comissões no banco público, um tema que tem marcado o primeiro ano de Paulo Macedo à frente da Caixa e que regressou hoje às páginas dos jornais no dia em que faz um ano do novo presidente na CGD.
Cristas concluiu que, por um lado, os depositantes da Caixa pagam a recapitalização do banco e, por outro, vêem as comissões dos seus depósitos ficarem mais caras.
António Costa disse, aliás, que esta é a posição que assume em relação às empresas públicas, independentemente, de o Estado ter a totalidade do capital ou parte dele e disse esperar que Assunção Cristas tenha feito o mesmo quando esteve no Governo, em relação às empresas públicas que tutelava.
Cristas insistiu que "cabe ao accionista dar orientações de gestão" e lembrou que além de o Estado ter 100% do capital da Caixa, este é também o maior banco a operar no sistema, pelo que uma decisão sobre comissões na Caixa tem um impacto potencial mais alargado no sistema. Os pensionistas vêem o aumento da sua pensão "ser comido" pela comissão da CGD, acusou a líder centrista.
"Quanto aos pensionistas fizemos o que nos cabia. Vamos também fazer o que nos compete que é não nos intrometermos nos actos de gestão da CGD".
"Registo que para si a CGD 100% pública serve para injectar dinheiro mas não para proteger os depositantes", afirmou, concluindo que "provavelmente [o aumento das comissões] tem a ver com uma orientação estratégica" do Governo. (Notícia actualizada)