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Apesar dos cortes, CGD está a fazer contratações

Embora tenha obrigação de reduzir pessoal até 2020, a Caixa Geral de Depósitos fez um anúncio para contratar para várias direcções. As áreas de auditoria e de tecnologias são as contempladas, mas o banco não revela número de vagas. A CGD diz apenas que estava já tudo contemplado no plano acordado com Bruxelas.

Miguel Baltazar
13 de Janeiro de 2018 às 11:00
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Compliance, auditoria, tecnologias da informação: são estas as áreas em que a Caixa Geral de Depósitos quer reforçar o quadro. Para isso, colocou um classificado no Diário de Notícias a dar conta que está a contratar para várias das suas direcções. Em pleno processo de reestruturação, em que está obrigado a cortar pessoal, o banco público defende que estas contratações já estavam previstas.

 

"O plano estratégico contempla não só a redução faseada de colaboradores, mas também a contratação de colaboradores que permita manter uma estrutura de pessoal que possibilite enfrentar os desafios que o mercado e a regulação exigem", explica fonte oficial da instituição financeira em questões colocadas ao Negócios.

 

Esta sexta-feira, o Diário de Notícias traz um anúncio em que é dada a indicação de que o banco presidido por Paulo Macedo (na foto) está a contratar. Entre as condições exigidas, é solicitada uma média final mínima de 14 valores em licenciaturas e mestrados em áreas como direito, matemática, gestão, auditoria e engenharias ("nomeadamente engenharia civil"). "Bom domínio falado e escrito do português e inglês" e a "facilidade de trabalhar em equipa" são outros critérios pedidos pelo banco.

 

"As áreas para as quais a Caixa está a contratar têm, essencialmente, que ver com as atuais exigências do negócio bancário, sejam regulatórias, sejam tecnológicas e de mercado: Auditoria, compliance, gestão de risco, IT, entre outras", concretiza a instituição financeira, que se recusou a dizer quantas pessoas espera contratar.

As condições de remunerações, avisa a CGD no classificado, serão "compatíveis com a experiência demonstrada". 

 

Uma parte relevante dos funcionários que está a sair do quadro do banco público diz respeito aos comerciais: o fecho de balcões tem levado ao corte dos bancários que aí trabalhavam. Mas há áreas, como as de compliance, que, pelas novas regras, obrigam a contratações especializadas.

Este é um trajecto também percorrido por outros bancos que, embora tenham vindo a cortar o pessoal, têm de reforçar áreas específicas.

 
Corte de pessoal tem de ir além dos 2.200 

Estas contratações implicam que o corte de pessoal seja mais intenso, para que, em termos líquidos, resulte na diminuição de 2.200 postos de trabalho entre o início de 2017 e o final de 2020. No final de 2016, trabalhavam na CGD 8.868 trabalhadores, número que caiu para 8.570 nove meses depois.

Ainda não há dados de final do ano, mas o quadro de pessoal tem de contar com cerca de 6.650 funcionários em 2020. 

 

Em 2017, até ao final de Setembro, as provisões constituídas para os programas de redução da estrutura operacional, entre aquele ano e 2020, ascenderam a 252 milhões de euros. 

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