O euro alcançou um novo máximo histórico nos 1,3335 dólares, reflectindo a reacção dos investidores aos dados da confiança dos consumidores nos EUA e às palavras do presidente do BCE, que voltou a não dar indicações de que o banco irá intervir no mercado cambial.

A confiança dos consumidores norte-americanos recuou para os 90,5 pontos, o valor mais baixo desde Fevereiro de 2004, revelou hoje o Conference Board. Este dado contrariou as expectativas dos analistas, que apontavam para uma subida para os 96 pontos dos 92,9 pontos registados em Outubro.

Estes dados impulsionaram a cotação do euro, que seguia já a ganhar depois do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, ter reafirmado a sua posição de que a valorização da moeda «não é bem-vinda».

«Tudo o que digo é o que já referi muito claramente, que estes movimentos cambiais não são bem-vindos. Fico-me por aí. Só posso repetir o que dissemos nas reuniões do G7 e do G20», afirmou o presidente da instituição. As palavras foram interpretadas pelo mercado como um sinal de que o BCE não irá, a breve prazo, intervir para travar os ganhos do euro. Esta percepção foi reforçada pelas declarações de um dos conselheiros do governo alemão, Wolfgang Wiegard.

«Uma intervenção pode ser feita mais facilmente quando se assiste a uma apreciação do que a uma depreciação. Neste momento não é ainda necessário, mas é um cenário que não deve ser excluído», afirmou.

O euro [eur] seguia a ganhar 0,26% para 1,3316 dólares.