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Europa encerra no vermelho contagiada por Pequim. Espanha é exceção
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.
Europa encerra no vermelho contagiada por Pequim. Espanha é exceção
Os principais índices europeus recuaram no fecho da sessão desta terça-feira, com o índice espanhol a registar a única valorização. A contagiar os principais índices do Velho Continente esteve o anúncio de Pequim de que não iria - para já - avançar com novos estímulos económicos. Os investidores estão também a avaliar o facto de a Reserva Federal (Fed) norte-americana poder vir a reduzir as taxas diretoras menos do que o previsto.
O Stoxx 600 - de referência para o Velho Continente – perdeu 0,55%, para os 516,64 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX desvalorizou 0,20%, o francês CAC-40 recuou 0,72%, o italiano FTSEMIB caiu 0,24%, o holandês AEX cedeu 0,28% e o britânico FTSE 100 caiu 1,36%. Já o espanhol IBEX 35 ganhou 0,15%.
Os investidores esperavam um novo pacote de estímulos, por parte de Pequim, para reanimar a segunda maior economia mundial, mas as autoridades chinesas ficaram-se por um discurso que aponta a possíveis medidas no futuro. O índice de Hong Kong registou a maior queda intradiária desde 2008, com os investidores a questionarem a determinação de Pequim em aumentar os estímulos económicos.
Noutra linha, embora os receios de uma recessão nos EUA tenham diminuído, o sentimento positivo por parte dos investidores está agora sob pressão devido às apostas de que a Fed não reduzirá as taxas de juro de forma tão agressiva como o esperado.
Entre os setores, a maior queda registou-se no mineiro - que depende fortemente da China para obter receitas. O setor encerrou a sessão desta terça-feira com uma perda de 4,44%. Por outro lado, o setor das utilities (água, luz, gás) teve o melhor desempenho, com uma subida de 0,62%.
Entre os principais movimentos de mercado, a Remy Cointreau – grupo francês de bebidas alcoólicas - caiu 6,37%, depois de a China ter imposto uma taxa sobre o brandy importado da União Europeia (UE), agravando a disputa comercial entre o país asiático e a UE.
Juros das dívidas soberanas registam alívios em dia negativo para as bolsas europeias
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram em toda a linha esta terça-feira, num dia em que os investidores registaram uma maior aversão ao risco, com os principais índices europeus a desvalorizarem.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviaram em 3 pontos base, para 2,732%, enquanto em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento caiu 3,1 pontos, para 2,985%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa decresceu em 1,4 pontos base, para 3,009%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, aliviaram em 1,2 pontos, para 2,241%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, recuaram 2,4 pontos base para 4,183%.
Petróleo recua com menores receios de ataque de Israel a alvos petrolíferos iranianos
O petróleo segue a desvalorizar fortemente esta terça-feira, à medida que diminuem os receios de interrupções no fornecimento de "ouro negro" devido ao conflito entre Israel e o Irão. A influenciar os preços da matéria-prima está também um enorme furacão que se intensifica no Golfo do México. Esta terça-feira, o Instituto Americano do Petróleo (API) irá publicar os últimos dados (não oficiais) dos "stocks" de petróleo bruto dos EUA, na semana terminada a 4 de outubro.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – cede 5% para os 73,28 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 4,74% para os 77,09 dólares por barril.
Esta terça-feira, o Hezbollah deixou a porta aberta quanto a um possível cessar-fogo negociado com Israel, depois de as forças israelitas terem aumentado a escalada de tensões na região, com novas incursões no sul do Líbano.
"O conflito no Médio Oriente está em ebulição e suscita receios de uma escalada e de perturbações no fornecimento de petróleo. O cenário mais provável é um novo choque suave, com os preços do petróleo a subirem e a abrandarem novamente antes do final do ano", afirmou Norbert Ruecker, do banco de investimento Julius Baer à Reuters
A subida dos preços do petróleo intensificou-se depois de o Irão ter lançado uma salva de mísseis contra Israel no dia 1 de outubro. Entretanto, Israel disse que estava a ponderar uma retaliação, sendo as instalações petrolíferas iranianas consideradas um possível alvo. Ainda assim, alguns analistas disseram que um ataque às infraestruturas petrolíferas iranianas era improvável e advertiram que os preços do petróleo poderiam enfrentar uma diminuição considerável caso Israel se concentre em qualquer outro alvo.
Noutra linha, nos Estados Unidos, o furacão Milton intensificou-se e transformou-se numa tempestade de categoria 5 a caminho da Florida, depois de ter forçado o encerramento de, pelo menos, uma plataforma de petróleo e gás no Golfo do México esta segunda-feira.
Os "traders" estarão atentos durante o dia de hoje aos últimos dados dos "stocks" de petróleo bruto dos EUA, com os analistas a apontar para um aumento das reservas da matéria-prima em 1,9 milhões de barris na semana encerrada em 4 de outubro, de acordo com dados avançados pela Reuters.
O Instituto Americano do Petróleo (API) deverá publicar os dados esta terça-feira, pelas 21:30, seguido por dados oficiais da Administração de Informação de Energia na quarta-feira.
Ouro cede com investidores a aguardarem por atas da reunião da Fed
O ouro segue a desvalorizar esta terça-feira, com os recentes dados de emprego dos EUA a excluírem as hipóteses de um maior corte nas taxas diretoras por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana. Os mercados aguardam agora pelas atas da última reunião de política da Fed para obterem novos sinais quanto à trajetória que o banco central dos EUA deverá seguir em relação à política monetária.
O ouro perde, a esta hora, 1,27%, para os 2.609,070 dólares por onça.
De acordo com a ferramenta CME FedWatch, os mercados esperam uma redução de 25 pontos base na reunião de novembro da Fed, após o relatório de emprego da semana passada ter mostrado um aumento inesperado nas contratações. Atualmente, é apontada uma probabilidade de 87% quanto a uma redução de 25 pontos base.
Esta semana, os investidores irão estar atentos à divulgação de importantes dados, que poderão afetar os preços do metal amarelo. Entre eles, as atas da última reunião de política da Fed, divulgadas esta quarta-feira, seguindo-se o Índice de Preços no Consumidor dos EUA, na quinta-feira, e os dados do Índice de Preços no Produtor, conhecidos na sexta-feira.
O ouro, que é visto como um ativo-refúgio, não rende juros e, portanto, beneficia de uma maior descida das taxas diretoras.
Dólar inalterado à espera de atas da Fed e inflação
O dólar está a negociar praticamente inalterado face às principais divisas rivais, mantendo-se perto de máximos de sete semanas. Os investidores mantêm-se centrados no futuro da política monetária da Reserva Federal norte-americana, ao mesmo tempo que o conflito no Médio Oriente e a economia chinesa vão sustentando a "nota verde".
O dólar avança 0,07% para 0,9117 euros, ao passo que o o índice do dólar da Bloomberg - que compara a força da "nota verde" contra dez moedas - soma 0,03% para 102,473 dólares.
O calendário de dados esta semana é reduzido, mas os investidores vão olhar para as atas do último encontro da Fed, à procura de novas pistas sobre os próximos passos da instituição liderada por Jerome Powell, bem como para os números da inflação de setembro, que serão conhecidos na quinta-feira.
Wall Street faz ato de fé nos números da inflação e abre no verde
Wall Street começou a sessão em terreno positivo, numa altura em que agenda dos investidores para o final da semana já está preechida com o arranque da época de resultados e os números da inflação.
O "benchmark" mundial Standard & Poor's 500 (S&P 500) sobe 0,35% para 5.716,25 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 0,62% para 18.029,68 pontos. Já o industrial Dow Jones negoceia na linha de água (0,04%), em concreto nos 41.945,59 pontos.
O sentimento positivo dos investidores neste início da negociação está sobretudo alicerçado em torno do otimismo dos números da inflação referente a setembro, que serão publicados na quinta-feira.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) nos Estados Unidos cedeu em agosto para os 2,5%. É uma queda considerável face aos 2,9% contabilizados em julho e o valor mais baixo desde março de 2021. Serão conhecidos esta quinta-feira dados de setembro.
O consenso dos analistas – compilado pela Bloomberg - antecipa a continuação da trajetória descendente dos preços para a meta de Reserva Federal (Fed) norte-americana de 2%, em concreto espera uma descida para os 2,3%.
Caso, esta quebra se confirme, trará mais argumentos para mais um corte da taxa dos fundos federais, que foi reduzida em setembro em 50 pontos base em setembro, pela primeira vez desde 2020.
A atenção dos investidores a este número leva mesmo Robert Dishner, gestor de carteiras na Neuberger Berman a afirmar, citado pela Bloomberg, que "provavelmete os dados do IPC têm mais importância agora do que nos últimos meses".
Os investidores estão atentos às ações da Honeywell, que somam 0,7%, após o The Wall Street Journal ter noticiado que a empresa industrial quer avançar para um "spin-off" da sua unidade de materiais avançados.
Já as ações chinesas cotadas nos EUA, através dos ADR, estão genericamente em queda depois de a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma chinesa (NDRC, na sigla inglesa) ter realizado um "briefing" para anunciar que o país vai atingir os seus objetivos económicos para 2024, pondo de lado novos apoios estatais robustos para revitalizar a economia – pelo menos, por agora.
Euribor desce a três meses e sobe a seis e a 12 meses
A Euribor desceu hoje a três meses e subiu a seis e a 12 meses face a segunda-feira.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que recuou para 3,265%, continuou acima da taxa a seis meses (3,058%) e da taxa a 12 meses (2,798%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, subiu hoje para 3,058%, mais 0,010 pontos.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a agosto mostram que a Euribor a seis meses representava 37,6% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,2% e 25,8%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, avançou hoje, para 2,798%, mais 0,086 pontos do que na segunda-feira.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses desceu hoje, ao ser fixada em 3,265%, menos 0,003 pontos.
A média da Euribor em setembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em agosto e com menos intensidade nos prazos mais curtos.
A média da Euribor em setembro desceu 0,114 pontos para 3,434% a três meses (contra 3,548% em agosto), 0,167 pontos para 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 0,230 pontos para 2,936% a 12 meses (contra 3,166%).
Na mais recente reunião de política monetária, em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro diretoras.
Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 17 de outubro na Eslovénia.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Pessimismo contagia Europa. Setores mineiro e de luxo atiram bolsas para o vermelho
O pessimismo vivido nas bolsas asiáticas contagiou a Europa e empurrou as principais praças do continente para o vermelho. Os setores mais expostos à economia chinesa registam o pior desempenho a esta hora, numa altura em que as autoridades de Pequim decidiram "fechar a torneira" a novas medidas de estímulo económico para revitalizar a segunda maior potência mundial.
O "benchmark" para a região, Stoxx 600, recua 0,85% para mínimos de duas semanas, no 515,08 pontos. O setor mineiro é o que regista a maior desvalorização esta manhã, ao perder 4,67%, numa altura em que os preços do cobre e do minério de ferro estão a ser extremamente pressionados pela decisão das autoridades chinesas. As ações de luxo, que também contam com uma grande exposição à segunda maior economia mundial, estão a ser bastante penalizadas, com empresas como a LVGM, a Kering, a Burberry e a Hermers a registarem desvalorizações entre os 3,38% e os 7,76%.
"As medidas que foram anunciadas [há algumas semanas] foram um ótimo ponto de partida para a China, mas os mercados querem ver mais e a China ainda não foi capaz de responder", afirmou Fiona Cincotta, analista de mercados do City Index, à Reuters.
As bolsas europeias estão ainda a ser penalizadas pelas crescentes tensões comerciais entre Pequim e a União Europeia (UE). Esta terça-feira, as autoridades chinesas anunciaram que vão obrigar os importadores de brandy europeu a deixar um depósito nas alfândegas do país, numa resposta à decisão da UE de impor taxas alfandegárias adicionais sobre veículos elétricos importados da China. As ações da Remy Cointreau e da Pernod Ricard estão a reagir negativamente a esta decisão e caem, a esta hora, 8,72% e 4,22%, respetivamente.
Entre as principais praças europeias, o alemão DAX cai 0,76%, o francês CAC-40 recua 1,17% e o italiano FTSEMIB perde 0,61%, enquanto o holandês AEX desvaloriza 0,81%, o britânico FTSE 100 regista um decréscimo de 0,16% e o espanhol IBEX 35 desliza 0,61%.
Juros da Zona Euro praticamente inalterados à espera do BCE
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro encontram-se praticamente inalterados esta manhã, numa altura em que os investidores esperam uma nova flexibilização da política monetária por parte do Banco Central Europeu (BCE) já na próxima semana e aumentam as expectativas em relação à magnitude de cortes no próximo ano.
Os juros da dívida portuguesa e da italiana, com maturidade a dez anos, encontram-se inalterados esta manhã, nos 2,762% e nos 3,569%, respetivamente.
Por sua vez, a "yield" da dívida espanhola regista um recuo de 0,3 pontos base para 3,013%, enquanto os juros das "bunds" alemãs, de referência para a região, aliviam 0,6 pontos para 2,246%.
Em contraciclo, os juros da dívida francesa agravam-se esta manhã 0,3 pontos base para 3,025% e mantêm-se acima dos espanhóis.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, perdem 1,2 pontos base para 4,195%.
Euro recupera terreno depois de ter negociado perto de mínimos de sete semanas
O euro encontra-se a recuperar algum do terreno perdido contra o dólar nos últimos dias, depois de ter negociado perto de mínimos de sete semanas esta madrugada. A moeda única esteve a ser pressionada pelas previsões económicas por parte do governo de Olaf Scholz, que veem a economia alemã a recuar 0,2% em 2024.
A esta hora, a divisa europeia avança 0,16% para 1,0994 dólares. A "nota verde" esteve a ser impulsionada por uma reavaliação da política monetária por parte dos mercados, que apostam agora num corte de 25 pontos base nas taxas de juro por parte do banco central norte-americano, quando há uma semana a expectativa era de 50 pontos.
A maioria das divisas concorrentes ao dólar encontram-se, agora, em correção, deixando o índice do dólar da Bloomberg no vermelho. A moeda norte-americana recua 0,39% para 147,60 ienes e 0,07% para 0,8539 francos suíços. Por sua vez, a libra encontra-se a corrigir de mínimos de três semanas e avança 0,09% para 1,3095 dólares.
"Embora o dólar ainda tenha espaço para crescer neste contexto, com os investidores a reavaliarem o futuro da política monetárita, podem ser necessários novos catalisadores para a moeda", explica Kieran Williams, da InTouch Capital Markets, à Reuters.
Ouro continua em queda com Fed no radar
O ouro continua a perder "brilho" nos mercados internacionais e encaminha-se para o quinta dia no vermelho, numa altura em que os investidores estão cada vez mais certos que a Reserva Federal (Fed) norte-americana vai optar por um corte de apenas 25 pontos base nas taxas de juros.
Os mercados estavam a apostar num corte de maior magnitude na reunião deste mês, mas novos dados económicos, divulgados na sexta-feira, apontaram para um mercado laboral mais robusto do que antecipado – o que aliviou a pressão sobre a Fed para flexibilizar a política monetária de forma mais agressiva.
O metal precioso recua, a esta hora, 0,30% para 2.634,58 dólares por onça, pressionado ainda pelas "yields" da dívida soberana, com maturidade a 10 anos, que excederam os 4% pela primeira vez em dois meses.
No entanto, os investidores vão estar atentos a uma série de dados esta semana, que podem servir de novos catalisadores para o ouro. Na quarta-feira, a Fed vai divulgar as atas da reunião de setembro, quando decidiu cortas nas taxas de juro em 50 pontos base, enquanto na quinta-feira vai ser conhecida a evolução da inflação em setembro. Os analistas preveem que a taxa de inflação desacelere pelo sexto mês consecutivo e alcance os 2,3% - cada vez mais próxima da meta de 2% definida pelo banco central norte-americano.
Brent volta a negociar abaixo dos 80 dólares sem novas medidas de apoio chinesas
Os preços do petróleo voltaram a negociaram abaixo do patamar dos 80 dólares, depois de as autoridades de Pequim terem fechado a torneira a novos apoios estatais para revitalizar a economia chinesa – pelo menos, por agora. A queda na procura por esta matéria-prima no país tem pressionado os preços do crude nos últimos meses e os investidores estavam à espera de um novo pacote de estímulos para reanimar o consumo chinês.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – perde 1,41% para os 76,05 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – desvaloriza 1,36% para os 79,83 dólares por barril, depois de ter ultrapassado os 80 dólares durante a madrugada.
No entanto, e apesar da queda registada esta manhã, os preços do petróleo continuam bastante suscetíveis às tensões no Médio Oriente, numa altura em que os investidores aguardam por uma retaliação israelita ao ataque do Irão da semana passada.
O governo de Benjamin Netanyahu continua a lutar contra os movimentos políticos e militares apoiados pelo Irão, como é o caso do Hezzbollah e do Hamas, mantendo receios de uma guerra regional no ar. O Médio Oriente representa cerca de terço da produção de petróleo a nível mundial e relatos – desencorajados pelo presidente dos EUA - apontam para um possível ataque de Israel às instalações petrolíferas do Irão. Caso aconteça, os preços do crude podem voltar a disparar.
China retoma negociação, mas desaponta investidores. Perdas alastram-se para Europa
Num dia em que as bolsas chinesas voltaram a negociar depois de uma semana encerradas, as ações do país ficaram aquém do "rally" registado na Ásia nas últimas sessões.
Os investidores estavam à espera de um novo pacote de estímulos para reanimar a economia por parte de Pequim, mas as autoridades chinesas ficaram-se por um discurso que aponta a possíveis medidas no futuro. "Embora o tom político ainda indique certamente um tom de apoio, as medidas limitadas parecem ter dececionado os mercados por agora", explica Lynn Song, do ING Bank NV, à Bloomberg,
O "benchmark" chinês, o CSI 300, até abriu a sessão a disparar 11%, mas, no rescaldo da conferência de imprensa em Pequim, o índice reduziu os ganhos para os 5%. Em Hong Kong, o Hang Seng também foi penalizado pela falta de apoio político à economia chinesa e acabou por encerrar com uma desvalorização de 8% - uma das maiores quedas dos últimos 16 anos.
Apesar de as bolsas chinesas terem estado encerradas na última semana, as ações de Hong Kong continuaram a negociar e beneficiaram do otimismo vivido nos mercados internacionais. A queda registada esta terça-feira configura-se também como um movimento de correção, numa altura em que os investidores mudaram o foco para as bolsas da China Continental e de Xangai – o Shanghai Composite encerrou a sessão a crescer 2,7%.
No Japão, os principais índices acompanharam as perdas registadas em Hong Kong e terminaram no vermelho. O Topix caiu 1,6%, enquanto o Nikkei perdeu 1%. Pela Coreia do Sul, o Kospi deslizou 0,59%.
Na Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura em terreno negativo, com o Euro Stoxx 50 a perder 0,9%. Estes movimentos seguem as quedas registadas na segunda-feira nas bolsas norte-americanas, quando o S&P 500 cedeu 1%.