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Financiamento às famílias aumenta 20% até Abril
Os bancos têm vindo a abrir a "torneira" do crédito para os particulares. Nos primeiros quatro meses deste ano, emprestaram 2,7 mil milhões de euros às famílias, mais do que no período homólogo, segundo os dados do Banco de Portugal.
2.702 milhões de euros. Este foi o montante que os bancos concederam às famílias, entre Janeiro e Abril, revelam os dados publicados pelo Banco de Portugal, esta terça-feira. Este valor representa um crescimento de 20,1% face aos primeiros quatro meses do ano passado. Só no mês de Abril, as instituições financeiras emprestaram 752 milhões de euros aos particulares, mais 26% do que no mesmo mês de 2014.
Por destino de financiamento, o crédito à habitação é aquele que capta mais dinheiro. Em Abril, as instituições financeiras concederam 277 milhões de euros para a compra de casa, o que eleva para 992 milhões de euros o total dos primeiros quatro meses do ano. Os bancos têm vindo a melhorar as condições de financiamento, nomeadamente reduzindo os "spreads". Actualmente, num total de 13 instituições financeiras, seis já têm margens mínimas abaixo de 2% nos empréstimos para a compra de casa.
Para o crédito ao consumo, os bancos emprestaram 261 milhões de euros, em Abril. No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, o total de novas operações ascende a 965 milhões de euros, mais do que os 763 milhões de euros financiados no período homólogo.
O destino "outros fins" conseguiu 214 milhões de euros em Abril e um total de 745 milhões de euros nos primeiros quatro meses deste ano.
Já no que se refere às empresas, os bancos emprestaram 2,76 mil milhões de euros, em Abril. Deste total, 1,6 mil milhões foram canalizados para pequenas e médias empresas, enquanto os restantes 1,1 mil milhões de euros foram para grandes companhias (operações de financiamento acima de um milhão de euros).
Este total de novo crédito para as empresas fica aquém dos 2,8 mil milhões de euros emprestados no mês anterior. Entre Janeiro e Abril, os novos financiamentos para empresas ascenderam a 10,5 mil milhões de euros, menos do que os 15,2 mil milhões emprestados no mesmo período de 2014.