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Crédito malparado das famílias renova máximos históricos

As famílias portuguesas continuam a revelar dificuldades em cumprir com o pagamento dos empréstimos contraídos junto das instituições financeiras. Prova disso é que o crédito dado como malparado fixou, em Abril, os valores mais elevados desde que o Banco de Portugal publica estes dados.

09 de Junho de 2015 às 15:53
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Do total de financiamentos concedidos aos particulares, 4,44% estava dado como malparado, no final de Abril, revelam os dados do Banco de Portugal. Esta posição supera os 4,41% relativos a Março e é mesmo a percentagem mais elevada de sempre. São mais de 5,4 mil milhões de euros que as instituições financeiras têm assinalados como créditos de difícil recuperação.

 

O maior montante de malparado relativo às famílias verifica-se no crédito à habitação: 2,5 mil milhões de euros. Este valor representa 2,52% do total de financiamento concedido para este fim. Esta percentagem de malparado supera os 2,51% registados um mês antes e representa o quarto aumento mensal consecutivo.

 

Contudo, a percentagem de malparado é mais expressiva nos créditos ao consumo e outros fins. Nos empréstimos ao consumo, 10,89% do total de crédito estava vencido, tendo recuado face aos 10,91% relativos ao mês de Março. Em Outubro de 2013, o malparado no crédito ao consumo atingiu os 12,12%.

 

Já no destino "outros fins", que inclui empresários por conta própria, educação e energia, o crédito vencido representava, em Abril, 16,22% do total de financiamento concedido. Também neste caso se trata da percentagem mais elevada desde que há registo.

 

No que diz respeito às empresas, os bancos têm 13,38 mil milhões de euros em crédito malparado, ou seja, 15,69% do total de empréstimos. Esta percentagem supera os 15,07% do mês anterior e é também uma percentagem inédita.

 

No total, em Abril, os bancos nacionais tinham um total de 18,8 mil milhões de euros em crédito malparado, de empresas e particulares, segundo os dados do Banco de Portugal.

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