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Aeroporto: Governo diz ser "extemporâneo" falar de indemnização à ANA caso resgate concessão
Miranda Sarmento diz que a perspetiva do Governo é a de a que o novo aeroporto de Lisboa seja construido o mais rápido possível pela concessionária e que as negociações cheguem a bom porto, considerando "extemporâneo" abordar a possibilidade de um cenário limite.
O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, afirma ser "muito cedo" para abordar o valor da indemnização a pagar à ANA no cenário de um eventual resgate da concessão do novo aeroporto de Lisboa, previsto no contrato.
A reação surge depois de o Observador ter avançado, citando fonte governamental, que o Governo definiu uma estratégia para negociar com a ANA as condições de construção e financiamento do novo aeroporto de Lisboa à luz da qual admite, no limite, um resgate da concessão, e que até já fez as contas para estimar quanto teria o Estado de pagar à concessionária".
"O governo solicitou, em junho, à concessionária que apresentasse primeiro o relatório sobre novo aeroporto em Alcochete. Entregou em dezembro, o Governo pronunciou-se em janeiro e, agora, o relatório está em discussão pública. No final da discussão pública iniciam-se as negociações com a concessionária. "Não sei qual a fonte dessa notícia, mas a nossa perspetiva é a que aeroporto seja construido o mais rápido possível pela concessionária e que as negociações cheguem a bom porto", afirmou. E se não chegarem? "Ainda é muito cedo para poder abordar. Faltam vários anos até a uma possível assinatura de um contrato de construção do novo aeroporto – pelo menos três anos entre o período de consulta pública e as etapas da negociação", afirmou, Miranda Sarmento, após ser questionado pelos jornalistas a respeito, à margem de um evento no ISEG, em Lisboa.
"É extemporâneo estar a falar disso", frisou.