Morreu esta terça-feira Jean-Marie Le Pen, figura de renome da extrema-direita francesa. Tinha 96 anos.

Le Pen estava hospitalizado há várias semanas em Garches, Hauts-de-Seine.

"Jean-Marie Le Pen, rodeado pela sua família e amigos, foi chamado de volta a Deus ao meio-dia de terça-feira", declarou a família num comunicado enviado à Agência France Presse.

Le Pen foi o primeiro líder da Frente Nacional (rebatizada Rassemblement National em 2018) e cinco vezes candidato à presidência de França - em 2002 disputou (e perdeu) a última volta com Jacques Chirac.

Foi entretanto substituído pela filha, Marine Le Pen, que já concorreu à presidência do país três vezes. A filha, que conseguiu elevar o partido a uma das principais forças nacionais, adotou uma postura menos agressiva, afastando-se de posições polémicas do pai que, por exemplo, desvalorizou o Holocausto.

O antissemitismo de Jean-Marie Le Pen valeu-lhe mesmo a expulsão do partido por Marine, gerando mal-estar entre pai e filha. Quando a Frente Nacional é rebatizada, reagiu deste modo, ao Journal du Dimanche: "Ela teria de se suicidar para cortar os laços comigo".

De acordo com a BBC, o atual líder do Rassemblement National, Jordan Bardella, já reagiu à morte de Jean-Marie Le Pen, dizendo que "sempre serviu França" e "defendeu a sua identidade e soberania".

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