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Fed impulsiona euro

Moeda única reage à indicação do banco central norte-americano de que taxa de juro de referência baixa é para continuar. Cotação do câmbio é a mais alta em oito sessões.

2 – Janet Yellen, presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos
Bloomberg
19 de Junho de 2014 às 11:27
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O euro negoceia em alta na manhã desta quinta-feira, 19 de Junho, avançando 0,27% para os 1,3633 dólares. A pressionar a cotação da moeda americana está a indicação da Reserva Federal norte-americana (Fed) de que a taxa de juro de referência irá continuar nos níveis actuais – entre 0% e 0,25% - por um "período considerável de tempo".

 

Ao final da tarde de quarta-feira, a Fed emitiu um comunicado, após a conclusão da reunião do comité de política monetária do banco central, com o qual decepcionou o mercado, que esperava já uma alteração no tom relativamente à taxa directora. Isto porque, nos últimos dias, foram publicados vários dados positivos para a economia norte-americana.

 

O índice de gastos com o consumo pessoal, o indicador de inflação preferido da Fed, subiu em Abril 1,6% em termos homólogos, meta que os responsáveis do banco central apenas apontavam para o final de 2014 - na mais recente estimativa apontam para 1,7%. Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego manteve-se em Maio nos 6,3%, o nível mais baixo em quase seis anos.

 

Agora, com a instituição liderada por Janet Yellen (na foto) a estabelecer que as taxas de juro baixas são para continuar, os mercados reagem. A actual cotação do euro representa o valor mais alto em oito sessões, isto depois de já ter estado a subir 0,36% para 1,3644 dólares.

 

Também na sessão desta quinta-feira, as taxas de juro associadas à dívida portuguesa seguem a descer em todos os prazos. Isto porque a decisão do banco central dos EUA levou os investidores a procurarem activos com rendimentos fixos, como as obrigações. Ainda ontem, os principais índices bolsistas norte-americanos encerraram no verde após a decisão da Fed, com o S&P 500 a fechar no valor mais elevado de sempre.

 

Além da indicação dada em relação à taxa de juro de referência, a Reserva Federal dos EUA voltou a reduzir em dez mil milhões de dólares – para 35 mil milhões – o ritmo mensal de compra de activos. Adicionalmente, e tal como já era previsto, a autoridade monetária norte-americana reviu em baixa as metas de crescimento da maior economia do mundo, ao prever uma expansão máxima da economia de 2,3% no final de 2014, face à estimativa de 3,0% apresentada em Março. Na segunda-feira, 16 de Junho, o FMI cortou a previsão de crescimento do PIB dos EUA de 2,8% para 2%.

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