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Sonae junta-se à Nos e Corticeira Amorim nas "balas de prata" do Haitong
O Haitong alterou a sua lista de acções favoritas na Península Ibérica. Continua a haver três "balas de prata" portuguesas, mas não são as mesmas.
O Haitong publicou esta quarta-feira a lista de acções favoritas na Península Ibérica para o primeiro trimestre, que continua a ser composta por seis cotadas (três portuguesas e três espanholas).
As "top picks" do banco, que o próprio apelida de "balas de prata", são Acciona, Corticeira Amorim, Ence, Euskaltel, Nos e Sonae. As três primeiras já faziam parte da lista e as três últimas são novas.
A Sonae é assim a única entrada portuguesa nas "balas de prata" do Haitong, substituindo os CTT, que faziam parte da lista para o quarto trimestre.
No "research" a que o Negócios teve acesso, o banco de investimento justifica a inclusão da Sonae "pois além da avaliação atractiva, pensamos que 2017 pode ser um ano de melhoria na rentabilidade da SR, quer na área de electrónica, quer na área de vestuário". A Sonae SR é a divisão de retalho não alimentar da empresa liderada por Paulo Azevedo, detendo marcas como a Worten e a Zippy.
O Haitong avalia as acções da Sonae em 1,08 euros, o que pressupõe um potencial de valorização de 29% tendo em conta a cotação de fecho de terça-feira, 17 de Janeiro.
O banco assinala que "há uma luz ao fundo do túnel" para a SR e que a cotada "parece barata" tendo em conta o múltiplo entre a cotação e os lucros por acção estimado para 2017 de 10,6 vezes e o "dividend yield" de 5,1%.
"Devemos assistir a uma nova evidência de ‘turnaround’ do negócio de retalho não alimentar, beneficiando de melhores margens no negócio de electrónica e uma contribuição positiva da Salsa e da Losan", refere o "research". O Haitong espera também "desenvolvimentos positivos" na SportZone, uma unidade que gera prejuízos e que os investidores não estão a atribuir qualquer valor.
Corteira e Nos continuam
As outras cotadas portuguesas que continuam na lista são a Corticeira Amorim (preço-alvo de 11 euros) e a Nos (preço-alvo de 7,6 euros), sendo que as duas cotadas registaram um desempenho negativo no quarto trimestre. A Corticeira desceu 2% e a Nos recuou 10,2%.
O Haitong justifica a manutenção da Nos pelo facto de "acreditarmos que os riscos diminuíram substancialmente" depois de assinado o acordo com os restantes operadores para a partilha de conteúdos desportivos.
"Depois de três anos de forte investimento, pensamos que chegou a altura de uma melhoria no ‘cash flow’, refere o Haitong. De 85 milhões de euros entre 2014 e 2016, deverá passar para 548 milhões de euros entre 2017 e 2019.
Já a Corticeira Amorim continua a beneficiar de um "forte momento", devido à conquista de quota de mercado, aumento da produção de vinho e regresso da preferência da cortiça no mercado de rolhas. Além disso, a acção "ganhou um interesse renovado" depois do aumento do ‘free float’", refere o Haitong.
As "balas de prata" do Haitong:
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.