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JM tem "foco no crescimento orgânico" na Colômbia mas BPI vê-a como compradora

A Jerónimo Martins reitera a intenção de chegar às 86 lojas no mercado colombiano até ao final de 2014. Um crescimento que terá na abertura de novas lojas o maior foco. Mas os analistas do BPI acreditam que poderá estar interessada em aquisições.

Miguel Baltazar/Negócios
17 de Setembro de 2014 às 18:59
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Há uma empresa a vender quatro estabelecimentos comerciais na Colômbia. A Jerónimo Martins é uma das empresas que quer crescer este ano naquele mercado. Os analistas do BPI vêem a empresa portuguesa como uma "das partes interessadas" na eventual aquisição daqueles espaços. A dona do Pingo Doce diz que, no mercado sul-americano, o foco é crescer de forma orgânica.

 

"Não comentamos rumores de mercado", é como fonte oficial da Jerónimo Martins refere ao Negócios a eventualidade de ser uma das interessadas em quatro espaços comerciais de uma concorrente na Colômbia, a Super Inter, que estarão à venda nos próximos seis meses.

 

O regulador da concorrência colombiano anunciou que a retalhista Exito precisa de vender quatro estabelecimentos da Super Inter para poder adquiri-la, conforme avançou a Bloomberg na terça-feira, 16 de Setembro. O presidente executivo da Exito, Carlos Moreno, referiu à mesma agência que tem seis meses para concluir essa alienação.

 

Na nota de comentário às acções desta quarta-feira, o BPI Equity Research considera que a "Jerónimo Martins pode ser uma das partes interessadas nestas aquisições". Ainda assim, relembra a equipa liderada por José Rito, a aquisição de quatro lojas não daria "um ganho significativo em termos de escala" à empresa portuguesa, até porque a Exito poderá mesmo querer impedir a venda directa à Jerónimo Martins para se defender os seus planos de expansão naquele país.

 

O BPI escreve ainda, na sua nota, que a aquisição de lojas foge um pouco ao projecto de expansão através da abertura integral de novas lojas. Algo que a Jerónimo Martins também reitera ao Negócios. "O nosso foco está no crescimento orgânico", diz fonte oficial, não negando, contudo, se podem haver aquisições.

 

"Estamos focados no nosso plano de expansão que este ano prevê a abertura de, pelo menos, mais 50 lojas, sendo que a maior parte das aberturas acontece no segundo semestre do ano", acrescenta fonte oficial da empresa liderada por Pedro Soares dos Santos. Em 2013, a empresa operava em 36 lojas de proximidade sob a insígnia Ara, que geraram 21 milhões de euros em vendas.

 

O objectivo é abrir novas 50 lojas em 2014. Até ao final do primeiro semestre, foram inaugurados oito estabelecimentos. O que deixa para os restantes seis meses a abertura dos restantes 42 espaços que completem o parque pretendido de 86 lojas.

 

Não há previsões para que a empresa deixe a zona de prejuízos no mercado colombiano. Além da Colômbia, a Jerónimo Martins está presente em Portugal (onde o Pingo Doce é o principal activo) e ainda na Polónia (o principal mercado).

 

A Jerónimo Martins vale 5.911 milhões de euros, cerca de 33% abaixo da capitalização bolsista que apresentava no início do ano.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

 

(notícia corrigida às 24h10 de 18 de Setembro, devido a gralha no número de abertura das novas lojas)

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