O Goldman Sachs reviu em alta o preço-alvo para a Galp Energia de 10,50 para 10,60 euros. Esta avaliação consta de uma nota divulgada a 29 de Abril e implica um potencial de queda de 11,8% face à cotação actual. Ainda assim, o banco norte-americano mantém a recomendação de "neutral", salientando os resultados acima do previsto e as melhores perspectivas para o segundo trimestre.

"A Galp divulgou um conjunto de resultados modestamente positivo para o primeiro trimestre de 2016", nota a equipa de análise do Goldman Sachs. Os especialistas apontam que os lucros ficaram 3% acima da previsão média do mercado, "apesar da deterioração do ambiente macroeconómico com as menores margens de refinação e os mais baixos preços do gás".

O banco norte-americano destaca mesmo que os resultados "reflectem uma resiliência do seu negócio", num trimestre em que a Galp foi afectada por estes factores. Quanto ao futuro, o Goldman Sachs diz que "a execução será um factor-chave para a Galp, à medida que caminha para a fase de inflexão tanto na produção como no crescimento dos fluxos financeiros".

Ainda assim, destacam os especialistas, a recomendação é mantida em "neutral", uma vez que "o mercado já descontou em grande parte este factor". E acrescentam o maior positivismo quanto à evolução no segundo trimestre, "já que a empresa deixa para trás os problemas operacionais que enfrentou no primeiro trimestre, além de que os preços do petróleo e do gás e as margens de refinação parecem marginalmente melhores".

Positivo é também o desempenho da Galp Energia na sessão desta segunda-feira, 2 de Maio. Após terem recuado quase 2% na sexta-feira, as acções da petrolífera portuguesa seguem a valorizar 0,21% para 12,02 euros.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.