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CaixaBI aconselha "comprar" BCP e "manter" BPI

O banco de investimento considera que o maior desafio para os dois bancos é "voltar a ganhar ímpeto em termos de rentabilidade no mercado doméstico". Prevê que ambos os bancos apresentem resultados líquidos positivos este ano.

Sara Matos/Negócios
16 de Janeiro de 2015 às 20:29
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O CaixaBI aumentou o preço-alvo do BCP, ao mesmo tempo que reduziu o do BPI. Manteve a recomendação do banco liderado por Nuno Amado, enquanto reviu em baixa a da instituição liderada por Fernando Ulrich, segundo uma nota divulgada esta sexta-feira, 16 de Janeiro, a que o Negócios teve acesso.

 

Para o BCP, o CaixaBI aumentou o preço-alvo para 0,14 euros e manteve a recomendação em "comprar". A cotada está agora com um potencial de valorização de 106,48% face à cotação actual de 0,0678 euros.

 

No BPI, a casa de análise reduziu o preço-alvo para 1,25 euros e mudou a recomendação de "comprar" ("buy") para "manter" ("hold"), com um potencial de valorização de 40,44% em relação à cotação actual de 0,89 euros.

 

O sector da banca teve fortes desenvolvimentos nos três últimos anos, nomeadamente no reforço da folha de balanços: rácios de capital mais elevados e maiores recursos, escreve o analista André Rodrigues. Por outro lado, ainda está dependente da incerteza em relação à venda futura do Novo Banco, o que poderá ser um tema-chave para o sector no primeiro semestre.


"O maior desafio para o BCP e BPI é voltarem a ganhar ímpeto em termos de rentabilidade no mercado doméstico. Esperamos um resultado líquido positivo em 2015 devido" aos custos mais baixos de financiamento e melhorias na qualidade activos, com uma redução do mal parado.

 

"Seja como for, não estamos à espera de uma contribuição significativa em termos de crescimento por volume no mercado doméstico, que deverá ser ligeiramente negativo (-2% a 0%)", sublinham.


Olhando para o BCP, a análise elogia o seu "bem executado plano estratégico". Desta forma, o banco liderado por Nuno Amado é um dos que mais vai beneficiar "do crescimento do PIB em Portugal, à medida que o custo de financiamento continua a cair ao longo de 2015, apoiando a evolução da margem financeira".

 

Em relação ao BPI, o CaixaBI considera que o a recuperação da economia portuguesa tem um peso mais baixo para este banco, dado o baixo nível de provisões e também devido ao seu perfil do seu portefólio de empréstimos, com o crédito à habitação a pesar 47% no seu balanço.


Para este ano, a casa de análise espera que os investidores estejam mais focados na rentabilidade e menos na regulação. Por isso, espera um aumento dos lucros devido à recuperação da margem líquida e a redução do custo do crédito no mercado doméstico. 

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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