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BCP e Sonae entre as cotadas favoritas da Fidentiis

Os analistas considera que o valor da acção do BCP é "muito barato" e recomendam a sua "compra". O banco liderado por Nuno Amado está numa boa maré, considera a Fidentiis. Desde 2010 que não regista lucros, mas isso vai mudar este ano, pois poderá alcançar um lucro de 265 milhões de euros.

Bruno Simão/Negócios
16 de Janeiro de 2015 às 17:18
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O banco e a retalhista encontram-se entre as cotadas favoritas da casa de investimento espanhola para este ano, ao lado de outras 11 empresas espanholas, incluindo a Telefónica, Ferrovial, Endesa ou CaixaBank.

 

Ambas as cotadas portuguesas estão com a recomendação de "comprar" ("buy") pela Fidentiis numa nota divulgada esta sexta-feira, 16 de Janeiro, a que o Negócios teve acesso.

 

Para o BCP, é estabelecido um intervalo para o preço-alvo entre os 0,13-0,14 euros. O banco está assim com um potencial de valorização de 91,740% face à cotação de hoje de 0,0678 euros.

 

Por seu turno, para a Sonae é estabelecido um intervalo entre os 1,45-1,70 euros para o preço-alvo. A retalhista está com um potencial de valorização de 31,578% face à cotação de fecho de hoje de 1,102 euros.

  

Analisando o BCP, a Fidentiis considera que o valor da acção é "muito barato". O banco liderado por Nuno Amado está numa boa maré, apontam os analistas. Desde 2010 que o BCP não regista lucros, mas isso vai mudar este ano. O banco deverá alcançar um lucro de 265 milhões de euros em 2015. Em 2017, deverão ascender aos 673 milhões de euro, apontam.

 

Em relação aos rácios de capital, a Fidentiis relembra que o BCP não precisa de proceder a um aumento de capital, apesar de ter chumbado no cenário mais adverso dos testes de stress do Banco Central Europeu (BCE).

 

É que esta avaliação teve em conta o balanço do BCP no final de 2013. E em Setembro o BCP já contava com um rácio de 10,2%, acima do rácio pedido pelo regulador europeu.

 

Os maiores riscos que o BCP enfrenta são: políticos; regulatórios, caso haja alguma alteração no tratamento dos impostos diferidos; a venda do Novo Banco; e a falta de crescimento nos empréstimos concedidos.

 

Lucros da Sonae devem aumentar 

 

Olhando para a Sonae, a Fidentiis aponta que a cotada tem tido uma "performance pobre", pois o preço da acção caiu 16% nos últimos 12 meses.

 

Contudo, há boas notícias. Os lucros da cotada liderada por Paulo Azevedo (na foto) devem melhorar devido ao alívio da concorrência na área da alimentação, que é responsável por 68% do EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações).

 

A ajudar à melhoria dos lucros também está a recuperação do consumo na Peninsula Ibérica, que deverá aumentar os resultados não relacionados com a alimentação, assim como a possibilidade de venda e arrendamento de imóveis, a par da recuperação contínua do valor líquido dos activos da Sonae Sierra (após uma queda de 50% desde 2007). 

 

O BCP fechou a sessão desta sexta-feira a perder 0,29% para 0,0678 euros, enquanto a Sonae desceu 0,72% para 1,102 euros.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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