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CaixaBI: fusão da Sport Zone é aposta "pragmática" que "abre novas possibilidades" à Sonae

Os analistas do CaixaBI consideram "positiva" a fusão da Sport Zone com a JD Sports na Península Ibérica, numa abordagem que classificam como "pragmática" e que "abre novas possibilidades para a Sonae".

Sport Zone
10 de Março de 2017 às 08:00
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Depois de BPI e Haitong, também o CaixaBI – banco de investimento da Caixa Geral de Depósitos -  vê com bons olhos a fusão anunciada esta quinta-feira, 9 de Março, da Sport Zone com a JD Sports na Península Ibérica.

 

Numa nota de "research" divulgada ao final desta tarde, os analistas do CaixaBI salientam que o acordo, ainda em negociação, deverá exigir ainda meses até ser totalmente implementado.

 

Lembrando que não são conhecidos muitos números relativos à actividade de retalho de desporto nos mercados de Portugal e Espanha, estes analistas sublinham que, segundo dados revelados pela Sonae, a combinação do novo grupo – JD Sports Fashion com 50%, Sonae com 30% e JD Sprinter com os restantes 20% - deverá alcançar 450 milhões de euros em vendas, tornando-se assim no segundo maior retalhista de material desportivo da Península Ibérica.

 

De uma forma genérica, o CaixaBI considera que este é "um acordo positivo" para a cotada liderada por Paulo Azevedo e que aborda com eficiência "a falta de escala que afecta as actividades da Sport Zone em Espanha e que melhora as perspectivas da empresa em seguir em frente".

 

Para esta casa de investimento, o facto de a Sonae ter agora de partilhar a liderança no mercado doméstico acaba por parecer "um preço justo a pagar" para avançar com uma fusão que garante à empresa portuguesa a possibilidade de se afirmar num mercado de maior dimensão como o ibérico.

 

Estratégia esta que o CaixaBI considera uma "nova e mais pragmática abordagem" que "abre um conjunto de novas possibilidades", uma vez que poderia até ser replicada com a Worten, que também sendo líder de mercado em Portugal enfrenta dificuldades para se afirmar em Espanha. Estes analistas consideram que a Sonae tem agora a "porta aberta" para acordos adicionais deste tipo.

 

Por fim, os analistas do banco de investimento da CGD acreditam que a fusão anunciada pela Sonae mostra que a cotada se posiciona agora como uma espécie de holding (gestora de participações sociais), facto que o CaixaBI pretende incorporar na próxima análise financeira à cotada, a divulgar no dia 16 de Março e já depois de esta ter apresentado os resultados do exercício financeira de 2016.

 

O CaixaBI decidiu manter a recomendação sobre os títulos da Sonae em "comprar", reiterando também o preço-alvo em 1,45 euros, o que tendo em conta o valor de fecho de 0,866 euros da retalhista na sessão bolsista de hoje confere às acções da empresa um potencial de valorização de 67,44%.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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