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Sonae dispara mais de 5% após fusão da Sport Zone

Os analistas elogiam o negócio, que dá à Sonae uma participação numa empresa rentável.

Bruno Simão/Negócios
09 de Março de 2017 às 14:51
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As acções da Sonae SGPS estão a acentuar os ganhos da manhã, registando já uma subida acima de 5%, beneficiando com os comentários positivos dos analistas à combinação de negócios entre a Sport Zone e as unidades da JD Sports Fashion Plc na Península Ibérica (JD Group e JD Sprinter).

 

Os títulos sobem 5,22% para 0,867 euros, atingindo máximos de 20 Janeiro deste ano. O desempenho positivo elevou a capitalização bolsista da empresa para 1.728 milhões de euros e reduziu a perda anual para 1,14%.

 

O negócio anunciado esta manhã passa pela criação de uma nova empresa, que será segunda no mercado de venda de artigos desportivos em Portugal e Espanha, com um total de 287 lojas e um volume de negócios estimado para 2016 de 450 milhões de euros.

 

No âmbito do acordo, a Sonae vai deter 30% do capital da nova empresa, que será detida em 50% pelo JD Group e em 20% pela família accionista da JD Sprinter

 

O Haitong assinalou que vê esta operação como "muito positiva", destacando que a Sonae está a trocar "um negócio com uma avaliação negativa por uma posição de 30% numa operação que pode ter uma avaliação de 450 milhões de euros". O Haitong chega a este valor tendo em conta um múltiplo de 10 vezes o EBITDA, que é o da JD Sports.

  

No que diz respeito aos resultados, salienta que a empresa de Paulo Azevedo está a trocar 100% de uma companhia que tem um EBITDA nulo e com vendas de 220 milhões de euros em 2016, por uma posição de 30% numa empresa que será número dois na Península Ibérica, com uma margem EBITDA que pode exceder os 10%.

 

Também o BPI avançou com comentários positivos à operação, calculando que a operação deverá passar a contribuir de forma positiva para os resultados da Sonae. A posição da Sonae na nova companhia "pode atingir um resultado líquido anual de 6 a 7 milhões de euros em velocidade cruzeiro", refere uma nota de research do BPI a comentar o negócio anunciado esta manhã.

 

O Haitong assinala ainda que "em termos estratégicos", este negócio mostra que "a Sonae está predisposta a tomar passos mais decisivos para dar a volta ao negócio do retalho não alimentar, depois de resolver o problema de falta de escala da Sport Zone".




 

 

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