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BPI: Fusão da Sport Zone pode dar lucro anual de 7 milhões à Sonae

Com a fusão da Sport Zone com a JD Sports na Península Ibérica, a operação deverá passar a contribuir de forma positiva para os resultados da Sonae, ao contrário do que sucede actualmente, estima o BPI.

Sport Zone
09 de Março de 2017 às 09:48
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O BPI considera que a fusão entre a Sport Zone e a JD Sports na Península Ibérica é positiva para a Sonae, que consegue desta forma ganhar escala no mercado de modo a ser rentável.


A posição da Sonae na nova companhia "pode atingir um resultado líquido anual de 6 a 7 milhões de euros em velocidade cruzeiro", refere uma nota de research do BPI a comentar o negócio anunciado esta manhã.

No âmbito do acordo, a Sonae vai deter 30% do capital da nova empresa, que será detida em 50% pelo JD Group e em 20% pela família accionista da JD Sprinter. Para chegar a estes números, o BPI utilizou uma estrutura similar à demostração de resultados da empresa britânica no mercado ibérico.

A JD Sports, cotada na bolsa de Londres, é líder no mercado britânico de retalho de artigos desportivos. A nova companhia terá um total de 287 lojas e um volume de negócios estimado para 2016 de 450 milhões de euros.


Com este negócio, a Sonae "está a resolver um assunto pendente na sua estrutura, que tem falta de escala para ser rentável no segmento de desporto", salienta o BPI, assinalando que o negócio da JD Sports em Espanha dará lucros e que depois da fusão a rentabilidade tenderá a convergir para a média do grupo.


A JD Sports obteve receitas de 1,8 mil milhões de libras (2 mil milhões de euros) no ano passado, com uma margem EBITDA acima de 10%.


Apesar da perspectiva positiva para a evolução do negócio da nova empresa, o BPI não estima que este negócio represente um encaixe imediato para a Sonae. Destaca antes que a operação deverá passar a contribuir de forma positiva para os resultados da empresa liderada por Paulo Azevedo, ao contrário do que sucede actualmente.


A Sonae está também presente no mercado espanhol com uma série de outras marcas de retalho não alimentar, como a Zippy, que não entram nesta operação de fusão, pois esta diz apenas respeito aos artigos desportivos.  


No comunicado a Sonae destaca que esta operação permitirá dar "escala e recursos para continuar o actual percurso de crescimento da JD Group, da Sport Zone e da JD Sprinter", bem como "gerar, progressivamente, economias de escala que permitam alcançar níveis atractivos de rentabilidade".

A Sport Zone está inserida na divisão Sports and Fashion, que inclui também a Mo, Zippy, Losan e a Salsa. Nos primeiros nove meses de 2016 esta divisão aumentou o volume de negócios em 28,3% para 374 milhões de euros. As unidades de retalho especializado representam 27% das receitas da Sonae.

As acções da Sona estão a reagir em alta a este anúncio, com uma subida de 2,55% para 0,8450 euros. O BPI tem uma recomendação de "comprar" para as acções, com um preço-alvo de 1,15 euros.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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