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Haitong: Sonae trocou empresa com avaliação negativa por 30% de companhia que pode valer 450 milhões  

Os analistas do Haitong esperam que a Sonae tome mais medidas nas outras marcas do grupo no retalho não alimentar.

Paulo Azevedo, presidente e co-CEO da Sonae, é o 35.º Mais Poderoso de 2016.
09 de Março de 2017 às 11:37
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A fusão da Sport Zone com a JD Sports na Península Ibérica é "muito positiva" para a Sonae, consideram os analistas do Haitong, em reacção à operação anunciada esta manhã pela empresa liderada por Paulo Azevedo.

 

No âmbito do acordo, a Sonae vai deter 30% do capital da nova empresa, que será detida em 50% pelo JD Group e em 20% pela família accionista da JD Sprinter e assumirá a segunda posição do "ranking" no retalho desportivo na Península Ibérica.

 

Com este negócio, a Sonae está a trocar "um negócio com uma avaliação negativa por uma posição de 30% numa operação que pode ter uma avaliação de 450 milhões de euros". O Haitong chega a este valor tendo em conta um múltiplo de 10 vezes o EBITDA, que é o da JD Sports.

 

Mas não é apenas em termos de avaliação que este negócio é positivo para a Sonae, de acordo com o Haitong. Os analistas destacam que em termos de resultados, a empresa de Paulo Azevedo está a trocar 100% de uma companhia que tem um EBITDA nulo e com vendas de 220 milhões de euros em 2016, por uma posição de 30% numa empresa que será número dois na Península Ibérica, com receitas de 450 milhões de euros e uma margem EBITDA que pode exceder os 10%.

 

O Haitong assinala ainda que "em termos estratégicos", este negócio mostra que "a Sonae está predisposta a tomar passos mais decisivos para dar a volta ao negócio do retalho não alimentar, depois de resolver o problema de falta de escala da Sport Zone".

 

De seguida, de acordo com a mesma fonte, poderá estar a Worten, caso a divisão de retalho de produtos electrónicos não consiga resolver o problema da queda dos lucros.

 

A JD Sports, cotada na bolsa de Londres, é líder no mercado britânico de retalho de artigos desportivos. A nova companhia terá um total de 287 lojas e um volume de negócios estimado para 2016 de 450 milhões de euros.

 

A Sonae está também presente no mercado espanhol com uma série de outras marcas de retalho não alimentar, como a Zippy, que não entram nesta operação de fusão, pois esta diz apenas respeito aos artigos desportivos.  

 

No comunicado a Sonae destaca que esta operação permitirá dar "escala e recursos para continuar o actual percurso de crescimento da JD Group, da Sport Zone e da JD Sprinter", bem como "gerar, progressivamente, economias de escala que permitam alcançar níveis atractivos de rentabilidade".

 

A Sport Zone está inserida na divisão Sports and Fashion, que inclui também a Mo, Zippy, Losan e a Salsa. Nos primeiros nove meses de 2016 esta divisão aumentou o volume de negócios em 28,3% para 374 milhões de euros. As unidades de retalho especializado representam 27% das receitas da Sonae.

 

As acções da Sonae estão a reagir em alta a este anúncio, com uma subida de 2,55% para 0,8450 euros. O Haitong tem uma recomendação de "comprar" para as acções, com um preço-alvo de 1,08 euros.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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