Depois de ter revisto a avaliação das acções de grande parte das cotadas ibéricas, o BPI alterou a composição da sua lista de empresas favoritas.

O banco incluiu o BBVA e a Corticeira Amorim, tendo optado por retirar as espanholas Logista e Merlin. Na carteira de acções preferidas permanecem a Cellnex, o DIA, a Enagas, a Grifols e a Navigator.

Passam assim a ser duas as cotadas portuguesas que integram a "CoRe List" do banco de investimento. A inclusão da Corticeira Amorim deve-se ao facto de a cotada representar uma história de "entrega de fortes resultados, beneficiando com as tendências favoráveis que se registam no sector do vinho", bem como da "melhoria nas vendas de rolhas de cortiça".

A empresa, líder mundial no sector da cortiça, está a transaccionar em bolsa com um múltiplo "atractivo" (PER estimado para os próximos 12 meses de 13,7) e um "crescente e interessante ‘dividend yield’".

No research publicado esta terça-feira, em que actualizou as avaliações e recomendações das cotadas ibéricas que acompanha, o BPI elevou o preço-alvo da Corticeira Amorim de 7,40 para 10 euros por acção, com a recomendação a melhorar de "neutral" para "comprar".

A subida de 35% na avaliação foi a mais elevada entre as cotadas portuguesas, sendo que os novos preços-alvo do BPI apontam para uma valorização média de 20% das acções portuguesas até final do ano.

A outra entrada na lista de acções favoritas do BPI (protagonizada pelo BBVA) é justifica pelo facto de o banco espanhol estar a melhorar os resultados e a qualidade dos seus activos, beneficiando ainda com a esperada subida de juros nos Estados Unidos e elevada exposição aos mercados emergentes, que contribuem para dois terços dos lucros.

A "CoRe List" do BPI regista desvalorização de 8% desde o início do ano, período em que o IBEX recuou 7% e o PSI-20 caiu 11%.

As alterações efectuadas pelo BPI às avaliações e recomendações das cotadas portuguesas: