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Corticeira Amorim promete manter base industrial em Portugal

António Rios Amorim está à procura de investimentos ligados à área da distribuição e explica, em entrevista ao Público, os quatro factores que contribuem para a valorização bolsista da empresa.

Bloomberg
19 de Setembro de 2016 às 09:49
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António Rios Amorim (na foto) indica que a compra de mais empresas no estrangeiro está "claramente" no radar da Corticeira Amorim (CA), sendo na área da distribuição que está à procura de novos investimentos. "Estamos em discussão com uma ou duas empresas", admite o CEO da empresa que mais brilha actualmente na bolsa portuguesa.

 

Em entrevista ao Público, o gestor explica que "o problema é que agora os múltiplos que se pagam de EBIDTA são muito mais altos do que a empresa está disponível a pagar", tendo já perdido uma operação de aquisição porque a concorrência eram "private equities" e "family offices", que "pagam múltiplos superiores àquilo que os profissionais do sector está dispostos a pagar".

 

No que toca à base industrial, António Rios Amorim garante que ela será mantida em Portugal, que considera "um dos melhores países para se investir em indústria". Competitividade, eficiência e qualificação da mão-de-obra são os argumentos que coloca em cima da mesa. "Vamos ter sempre a nossa base industrial em Portugal. O que procuramos fora são sobretudo investimentos ligados à área da distribuição, que permitem potenciar o crescimento do volume de negócios, o crescimento da nossa base industrial", reforça.

 

O homem que há 15 anos lidera a corticeira, valendo actualmente perto de mil milhões de euros na bolsa, aponta ainda os factores que levaram os títulos a valorizar cerca de 80% no último ano. Em primeiro lugar, a performance financeira e o crescimento demonstrado no volume de negócios e, sobretudo, no EBITDA. Por outro lado, a dispersão de acções próprias que fez há um ano "deu mais profundidade ao título" e "quem compra não está tão receoso de não encontrar procura na venda".

 

A entrada no PSI-20 e a "crescente distribuição de dividendos" foram os outros dois factores que contribuíram para a valorização bolsista. E os accionistas podem esperar que essa "generosidade" se mantenha este ano? "É expectável que haja uma distribuição crescente até, mas não serão 50 milhões de euros, como foi no ano passado. Porque destes 50 milhões, 27 milhões foram a mais-valia que a empresa fez com a venda de acções próprias", responde.

A Corticeira Amorim é a cotada do PSI-20 com melhor prestação este ano, comuma valorização de 41,73% em 2016. Na sessão desta segunda-feira as acções disparam 5% para 8,40 euros.

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