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BPI avalia EDP Renováveis 25% acima da OPA

O BPI reviu os seus targets para a EDP e EDP Renováveis, avaliando ambas as cotadas acima da contrapartida oferecida pelos chineses da CTG. Mas esta avaliação não reflecte qualquer expectativa de que surjam ofertas concorrentes, ainda que o BPI admita uma melhoria da oferta pela EDP.

Miguel Baltazar/Negócios
14 de Junho de 2018 às 10:46
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O BPI elevou a avaliação da EDP e da EDP Renováveis. Em parte porque alarga o horizonte temporal a que se a refere a análise.

 

Quanto à empresa liderada por João Manso Neto, o BPI estipulou um "target" de 9,15 euros, mais 13% do que a anterior avaliação. Este preço-alvo confere às acções um potencial de subida de 11,9% face à actual cotação (8,175 euros). A recomendação foi mantida em "neutral".

 

A nova avaliação do BPI está 25% acima da contrapartida oferecida pela China Three Gorges (CTG), que foi de 7,11 euros. Mas esta melhoria de preço-alvo não está relacionada com qualquer perspectiva de uma oferta concorrente. Aliás, o BPI considera até que não existe mesmo possibilidade de haver outra proposta, devido ao controlo que a EDP tem na Renováveis.

 

O BPI acredita que se a CTG tiver sucesso na OPA, deverá injectar na empresa de energias renováveis alguns activos e deverá aproveitar a EDP Renováveis como plataforma de crescimento em algumas regiões.

 

BPI vê margem de melhoria da oferta da CTG pela EDP

 

O BPI aumentou em 12,5% a sua avaliação da EDP, justificando esta decisão essencialmente com três factores. Por um lado a eléctrica está sob uma oferta pública de aquisição (OPA), por parte da CTG, a 3,26 euros, o que leva o BPI a acrescentar ao preço-alvo um "prémio" de fusões e aquisições, que ascende a 0,24 euros.  Este "prémio" inclui 0,10 euros de sinergias através da injecção de activos e 0,14 euros devido ao potencial crescimento, que melhora neste contexto.

 

A contribuir para a melhoria da avaliação devido à OPA, o BPI alargou o período de análise para 2019 e elevou as previsões para os resultados da eléctrica liderada por António Mexia até 2020.

 

O BPI avalia agora a EDP em 3,60 euros, o que compara com os 3,20 euros conferidos na última avaliação. O banco de investimento ainda tinha um preço-alvo abaixo da contrapartida OPA, tendo agora actualizado esta realidade.

 

A recomendação para as acções da EDP é de "neutral", com o banco de investimento a "sugerir que se espere por potenciais desenvolvimentos".

 

O BPI diz que "apesar de ser pouco provável uma oferta concorrente", o banco vê "potencial de melhoria" da oferta da CTG.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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