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BESI diz que a “única explicação possível” para a Oi vender a PT é para ter financiamento

O BES Investimento considera que a “única explicação possível para que a Oi considere” a opção de vender a PT Portugal à Altice será o facto de ter de “angariar fundos de forma a conseguir seguir em frente com uma possível aquisição da Tim Brasil”.

07 de Outubro de 2014 às 09:25
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As acções da Portugal Telecom seguem a somar 0,25% para os 1,634 euros. No entanto, já nesta manhã de terça-feira, 7 de Outubro, os títulos da operadora de telecomunicações chegaram a subir 3,68% para 1,69 euros. Na sessão bolsista desta segunda-feira, a empresa tinha registado uma valorização expressiva, impulsionada por notícias de consolidação no sector das telecomunicações.

 

No final da semana passada, surgiram notícias que apontavam que a Telecom Itália teria contratado o banco brasileiro Bradesco para assessorar a compra da operadora de telecomunicações brasileira Oi.

 

No entanto, nas últimas horas as circunstâncias podem ter mudado. O Negócios escreve esta terça-feira que a Altice está a negociar com a Oi a compra da PT Portugal. Os donos da Cabovisão e da Oni estão em contacto no Brasil. O novo presidente da PT Portugal, Armando Almeida, sem falar da possível aquisição pelo grupo francês, diz que a consolidação do mercado beneficia clientes.

 

Para os analistas do BES Investimento, "a única explicação possível para a Oi considerar esta opção [vender a PT Portugal] seria de facto a necessidade de angariar fundos de forma a prosseguir com uma possível aquisição da Tim Brasil, após o anúncio da Oi que está a avaliar as suas opções para esta transacção".

 

Ainda assim, os analistas deste banco de investimento, numa nota de análise a que o Negócios teve acesso, assinalam que, uma maior "consolidação no mercado das telecomunicações português pode levar a um ambiente competitivo mais estável". "A Altice já controla duas operações pequenas em Portuga - Cabovisão e Oni - e tal operação reduziria o número de operadores de quatro para três. E nesse cenário, um dos potenciais beneficiários desta mudança pode ser a Nos, que poderia eventualmente lucrar com a possível diminuição no ambiente competitivo", acrescentam.

 

O Negócios escreve esta terça-feira, e de acordo com alguns analistas, que o motivo pelo qual a Oi estará interessada na Tim está relacionado com o móvel. "O móvel é o rei" das telecomunicações no Brasil. Esta é a opinião de Pedro Oliveira, analista do BPI Equity Research, numa nota para clientes a que o Negócios teve acesso."A Oi tem significativamente menos largura de banda que os concorrentes directos".


Na banda larga móvel, o cenário não é melhor. A Oi conta com 13% de quota de mercado, muito inferior aos 25% da TIM, 26% da Vivo e 34% da Claro. Feitas as contas, a aquisição da TIM daria à Oi um total de 38% do mercado, ligeiramente acima da posição da Claro. Já nas frequências dedicadas ao 4G, a empresa tem apenas um terço face à Vivo e à Claro e metade do que a TIM possui. 

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

 

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