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Cotadas portuguesas dominam apostas ibéricas do BESI

Mota-Engil, Sonae, Semapa e EDP Renováveis são as “balas de prata” para o primeiro trimestre de 2014

13 de Janeiro de 2014 às 07:30
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À Mota-Engil e à Sonae, o BESI juntou mais duas empresas portuguesas à lista das preferidas. EDP Renováveis e Semapa estão entre as novas “balas de prata”, com as quais o banco de investimento procura superar o comportamento dos mercados accionistas ibéricos nos primeiros três meses deste ano. Entre as seis eleitas pelo banco de investimento, as cotadas nacionais levam vantagem perante as “rivais” espanholas.

 

Entraram três, saíram três do conjunto de “balas de prata” ibéricas. Mas desta vez a equipa de ”research” afastou as cotadas espanholas dando primazia às portuguesas. Tecnicas Reunidas, Atresmedia e Acerinox foram despromovidas, sendo substituídas por outra empresa do país vizinho, a Abengoa, mas também a EDP Renováveis e a Semapa, de acordo com a nota de investimento obtida pelo Negócios.

 

A EDP Renováveis é mesmo a principal aposta do BESI, tendo em conta o potencial de subida atribuído pelo banco face à cotação actual. O preço-alvo de 5,60 euros confere à empresa liderada por Manso Neto uma margem de progressão de 30%, o mais elevado entre as seis companhias destacadas para este arranque de ano. “A clarificação final sobre a regulação no mercado espanhol  será o catalisador para as acções”, diz o BESI.

 

“Seleccionámos a Semapa para as ‘balas de prata’ do primeiro trimestre já que continuamos a acreditar que as acções oferecem um ´mix´ positivo entre a capacidade de geração de fluxos de caixa da sua subsidiária, a Portucel, e a exposição à largamente antecipada recuperação da economia portuguesa através da unidade de cimento”, refere a nota do BESI, explicando a opção pela “holding” liderada por Pedro Queiroz Pereira.

 

Mota-Engil, a estrela

A Mota-Engil e a Sonae mantiveram-se na lista das preferidas do banco para o arranque deste novo ano, mesmo depois de terem dado um forte contributo nos últimos três meses do ano passado à carteira do BESI. “As nossas ‘balas de prata’ registaram uma valorização média de 16,3%, enquanto o IBEX-35 subiu 10,6% e o PSI-20 também apresentou um ganho de 16,9%”, refere o “research”.

 

“A Mota-Engil foi a estrela ao disparar mais de 40%”, acrescenta o BESI. “Ainda que tenha tido o melhor desempenho no quarto trimestre, ainda vemos margem para alguma valorização: prevemos que a admissão em bolsa da unidade africana aumente a atractividade da Mota-Engil. Adicionalmente, novas encomendas e novos contratos deverão manter o ‘momentum’ de crescimento. Por último, a Mota-Engil deverá registar lucros recorde em 2013”.

 

Relativamente à Sonae, o BESI sublinha que a “holding” fez “um óptimo trabalho na redução de custos durante a recessão e, agora, parece-nos bem posicionada para tirar partido da retoma esperada em Portugal. Depois de ter subido a avaliação para 1,35 euros, a Sonae ficou com um potencial de subida de 22%, o segundo menor entre as “balas de prata”. No extremo oposto, abaixo da EDP Renováveis surge a Abengoa com o maior potencial, ficando ligeiramente à frente da Sacyr. Podem subir 27% e 24%, respectivamente, tendo em conta as avaliações do BESI.

 

 
Nenhuma portuguesa eleita na Europa
Entre as preferidas do BESI na Península Ibérica as cotadas portuguesas destacam-se neste arranque de ano, mas no contexto europeu já não há “balas de prata” que falem a língua de Camões. Galp Energia e Portugal Telecom, que beneficiaram de recomendações de “comprar” nos últimos três meses foram retiradas da lista após terem registado fracos desempenhos. A petrolífera liderada por Ferreira de Oliveira perdeu 3,1%, entre 31 de Setembro e 31 de Dezembro, ao passo que o índice de referência para as cotadas do sector avançou 4,4%. No caso da Portugal Telecom, o desempenho foi negativo em 5,1%, comparando com a valorização de 8,6% registada pelo respectivo índice de referência. Comportamentos inferiores aos antecipados pelo banco, levando-o a remover as cotadas nacionais da lista. Barclay, BHP Billiton, CaixaBank, London Stock Exchange Philips e ThyssenKrupp são algumas das apostas do banco entre as empresas do Velho Continente para este primeiro trimestre de 2014. Mas há mais: Belgacom, Gás Natural, Metso e Telecity são as apostas de venda a descoberto do banco. Ou seja, aquelas nas quais os investidores devem procurar ganhar com a queda dos títulos.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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