Com 9 cotadas em queda e 8 em alta, o principal índice da bolsa nacional terminou a sessão desta quinta-feira a cair 0,49% para 4.749,09 pontos, depois de ter somado na sessão de ontem mais de 3%. A penalizar o desempenho do PSI-20 está a Galp e a EDP Renováveis.

A bolsa nacional fecha a cair numa altura em que há alguma volatilidade nas praças europeias, que se dividem entre ganhos e perdas.

O Stoxx 600, índice que reúne as 600 maiores empresas europeias, cai 0,15% para 328,27 pontos, tal como o AEX de Amesterdão que recua 0,23% para 413,79 pontos, e o londrino FTSE que perde 1,30% para 5.951,86 pontos, numa altura em que tem lugar o Conselho Europeu onde um dos temas dominantes é o acordo entre o Reino Unido e a União Europeia sobre os termos para a permanência do país no bloco europeu.  

À entrada para o encontro de dois dias, o primeiro-ministro David Cameron disse esperar "acordo melhor" no seio da Europa de forma a evitar um Brexit. Entretanto, as empresas torcem pela permanência do Reino Unido na União Europeia, mas preparam-se para uma eventual saída.

Do lado contrário, o germânico DAX avança 0,65% para 9.437,73 pontos, o princípal índice grego avança 0,21% e o francês CAC40 sobe 0,15% para 4.239,76 pontos.

A impulsionar as cotadas europeias estão os resultados acima do esperado de algumas empresas, entre elas, a Centrica, a Accor, a Genmab e a Air France-KLM que registou em 2015 um lucro operacional de 816 milhões de euros. 

Em Lisboa, a pressionar o PSI-20 está a Galp, que recua 4,17% para 10,455 euros por acção, numa altura em que o brent, referência para a Europa, cai 0,14% para 34,45 dólares por barril. O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, avança 0,82% para 30,91 dólares por barril.

Depois de fortes ganhos – mais de 7% - na sessão de ontem, impulsionado elogio do Irão à iniciativa dos países produtores e exportadores de petróleo para travar a queda dos preços da matéria-prima, o ouro negro abranda os ganhos depois de divulgados os inventários de crude nos EUA, que terão aumentado para 2,15 milhões de barris para 504,1 milhões de barris na semana passada, segundo informações da Energy information Administration, escreve a Bloomberg.

Ainda no sector energético, a EDP Renováveis recuou 2,05% para 6,437 euros por acção, e a EDP avançou 1,13% para 2,872 euros. Isto num dia em que o Goldman Sachs cortou o preço-alvo para a EDP Renováveis e reduziu a recomendação de "neutral" para "vender", assim como cortou o preço-alvo da EDP, manteve a recomendação de "vender", e passou a incluir a eléctrica portuguesa na sua "lista de venda convicta".

A REN, por sua vez, caiu 0,62% para os 2,566 euros.

Também pela negativa na sessão de hoje destaca-se o BCP, que recuou 3,16% para 3,37 cêntimos por acção, num dia em que a casa de investimento Haitong aponta que a incerteza na polónia se mantém e que isso pode continuar a pressionar o banco liderado por Nuno Amado.

O BPI, por sua vez, caiu 0,10% para os 1,039 euros.

Apesar do CaixaBI ter considerar que os resultados operacionais "excepcionais" deverão suportar acções da Altri, as acções da empresa fecharam a recuar 1,25% para 3,405 euros. Pelo contrário, no sector do papel, a Semapa avançou 0,09% para 10.875 euros e a Portucel somou 0,72% para 2,951 euros.

A destacar-se pela positiva também esteve a Jerónimo Martins, que ganhou 1,79% para 13,05 euros, enquanto a Sonae caiu 0,99% para 89,6 cêntimos por acção. 

(Notícia actualizada às 17:15 com mais informação)