Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Corte de "rating" no Brasil com impacto limitado na EDP e Galp

Ainda que a EDP e a Galp sejam as cotadas que surgem na lista de empresas do BPI com maior exposição ao Brasil, a descida do "rating" do país deverá ter um impacto limitado nas cotadas nacionais.

Reuters
18 de Fevereiro de 2016 às 12:38
  • ...

A S&P baixou novamente o "rating" do Brasil. A agência de notação financeira colocou a avaliação da dívida brasileira de BB+ para BB, uma revisão que surge num momento em que o país enfrenta a pior recessão em mais de um século, o que afecta as empresas com maior exposição ao Brasil. EDP e Galp surgem na lista de empresas seguidas pelo BPI mais expostas à economia brasileira, no entanto esta decisão não deverá ter grande impacto na actividade das cotadas portuguesas.


A agência de notação financeira S&P, que já tinha colocado o "rating" do Brasil num nível especulativo em Setembro, voltou a reduzir a sua avaliação para a dívida brasileira, para "BB", com um "outlook" negativo, o que significa que pode voltar a cortar a sua avaliação para o país.


A instituição justificou a revisão em baixa, com o fcato do Brasil estar a atravessar a sua pior recessão em mais de um século depois dos preços das matérias-primas tombarem, com impacto negativo nas receitas das exportações, ao mesmo tempo que a economia chinesa abrandou, diminuindo a procura do maior parceiro comercial do Brasil.


No mercado de capitais português, a EDP e a Galp são as empresas que, na opinião do BPI, têm maior exposição ao Brasil. No caso da eléctrica, "o Brasil representa 14% do nosso EBITDA esperado para 2016 mas uns muito menos relevantes 6% de peso no nosso preço-alvo", refere o BPI.


O banco de investimento destaca que a EDP Brasil, controlada pela eléctrica portuguesa, gera o seu EBITDA da distribuição e geração.  "A companhia tem sofrido com a seca severa nos últimos dois anos, com um grande impacto nas margens de geração, enquanto a depreciação do real face ao euro também teve um impacto negativo no peso da subsidiária nas contas do grupo", remata o BPI.


Já em relação à Galp, que está presente na exploração de petróleo em vários projectos no Brasil, este mercado representa 39% do preço-alvo do BPI. "Contudo, o projecto crítico para a Galp (BMS 11) já está em crescimento e a gerar importante cash-flow, baixando o impacto da descida nas condições financeiras para este projecto em particular", dizem os analistas.


A petrolífera portuguesa informou esta semana que o consórcio que integra iniciou a exploração da FPSO Cidade de Maricá, a quinta unidade de produção de petróleo no campo Lula/Iracema, no Brasil.

Ver comentários
Saber mais Brasil S&P rating EDP Galp analistas BPI economia petróleo matérias-primas China lixo
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio