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PT fecha a cair mais de 8% enquanto a Oi segue a deslizar acima de 4%

As acções da Portugal Telecom, depois de terem chegado a perder mais de 12% esta terça-feira, acabaram por atenuar a queda para os 8,15% no fecho da sessão. Os títulos da Oi, por sua vez, acentuam perdas e seguem a cair 4,27%.

Sara Matos/Negócios
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Os títulos da Portugal Telecom voltaram a registar uma sessão em que a perda de valor se verificou de forma carregada. Depois da desvalorização de 10,05% na sessão de segunda-feira, esta terça-feira as acções da PT fecharam a recuar 8,15% para 1,003 euros, tendo chegado a descer mais de 12% para 95,2 cêntimos durante a sessão.

 

Isto depois de na segunda-feira os títulos da operadora de telecomunicações terem mesmo chegado a perder 28,75% para 0,865 euros, o que representa o valor mais baixo de sempre registado pela PT.

 

Ao longo da sessão desta terça-feira foram transaccionados mais de 21,6 milhões de títulos da PT, um volume total abaixo dos mais de 55,4 milhões ontem negociados, mas ainda assim praticamente o dobro da média de transacções registada nos últimos seis meses que se situa em torno dos 11,5 milhões.

 

Desde o início do ano as acções da PT já desvalorizaram 68,26% para uma capitalização bolsista de 899,2 milhões de euros, um valor muito próximo do investimento feito pela operadora portuguesa em papel comercial da Rioforte, uma empresa do grupo Espírito Santo.

 

A desvalorização registada nas acções da PT acontece apesar de, já no final do dia de segunda-feira, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ter decretado a proibição da venda a descoberto das acções da PT (short selling), argumentando que "a flutuação do preço das acções em causa não pode excluir a ocorrência de um fenómeno de especulação com impacto negativo". 

 

Entretanto, já depois do fecho bolsista desta terça-feira, a CMVM alargou a suspensão temporária da venda a descoberto das acções da PT por um período de mais dois dias.

 

Apesar das medidas aplicadas pelo regulador do mercado bolsista, as acções da PT seguem a toada de perdas agudizada pelo facto de as autoridades judiciárias luxemburguesas terem recusado o pedido de gestão controlada feito pela Rioforte, que assim se encaminha para um processo de insolvência. Facto este que coloca em causa a recuperação do investimento de quase 900 milhões de euros da PT em dívida da empresa do GES.

 

Segundo alguns analistas consultados pelo Negócios, a performance dos títulos da PT realça o cepticismo dos accionistas face à capacidade de reaverem o investimento em dívida da Rioforte. Assim, o valor da empresa é somente o da participação garantida na Oi.

 

A acentuar as perdas estão as acções da brasileira Oi, que seguem neste momento a cair 4,27% para os 1,12 reais, numa altura em que já foram negociados mais de 34 milhões de títulos da operadora brasileira. A Oi vale neste momento 9,758 mil milhões de reais.

 

No processo de fusão da PT com a Oi, os accionistas da empresa portuguesa vão quedar-se com 26,5% na empresa resultante dessa fusão, fatia que poderá aumentar até aos 37% em função da capacidade de recuperação do investimento feito em dívida da Rioforte.

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