A bolsa nacional está a acentuar a tendência negativa do início da sessão, com o PSI-20 a cair 2,33% para 4.569,89 pontos. Durante a manhã, o principal índice nacional tocou nos 4.552,39 pontos, o valor mais baixo desde Julho de 2012.

Das 17 empresas que constituem o PSI-20, apenas as construtoras – a Mota-Engil e a Teixeira Duarte – negoceiam com sinal verde.

Lisboa acompanha, desta forma, o pessimismo das principais praças europeias, pressionadas pela deterioração das perspectivas de crescimento da economia global e pelas petrolíferas – como a Royal Dutch Shell e a BHP Billiton – que estão a ser arrastadas pela forte descida dos preços do petróleo.

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, cai 2,99% para 322,97 pontos, depois de ter tocado nos 321,32 pontos, o nível mais baixo desde Dezembro de 2014.

A liderar as perdas na Europa está a bolsa de Atenas, que afunda 6,22%, seguida pelo índice francês CAC40, que desce 3,47%. O Dax alemão desliza 3,12% e o londrino Footsie cede 2,9%.

Na bolsa nacional, o BCP e a Galp Energia são as cotadas que mais pressionam o PSI-20. O banco liderado por Nuno Amado afunda 9,35% para 3,2 cêntimos, o valor mais baixo desde Setembro de 2012. Os títulos do BCP já perdem mais de 30% nas últimas cinco sessões, devido a uma série de factores que vão desde o impacto do Novo Banco para o sector financeiro e a incerteza regulatória na Polónia à subida do prémio de risco. Ainda no sector financeiro, o BPI desliza 4,91% para 89 cêntimos.

Já a Galp Energia desvaloriza 3,68% para 9,237 euros, numa altura em que o petróleo segue em forte queda nos mercados internacionais, tendo voltado a quebrar a barreira dos 28 dólares em Londres. Ainda na energia, a EDP cai 1,58% para 2,989 euros e a EDP Renováveis desliza 1,24% para 6,629 euros.

No retalho, a Jerónimo Martins cede 0,59% para 10,92 euros e a Sonae perde 0,33% para 91,8 cêntimos, depois de ter chegado a negociar nos 90 cêntimos, o valor mais baixo desde Setembro de 2013.

Também os CTT atingiram o valor mais baixo desde Novembro de 2014 esta quarta-feira, nos 7,30 euros. Nesta altura, os títulos da empresa de correios perdem 0,58% para 7,486 euros.

A Pharol atingiu um novo mínimo histórico – 20,2 cêntimos – estando agora a cair 3,69% para 20,9 cêntimos.